A Volkswagen do Brasil apresentou, em evento realizado no interior de São Paulo, a nova geração do Passat. Apesar de ser esta a sétima geração do modelo, as alterações no design não foram profundas; nada além da incorporação das referências de design que atingem todos os novos modelos da marca.
O modelo que será vendido no Brasil é o mesmo já disponibilizado na Europa desde o ano passado (que guarda algumas distinções em relação ao Passat americano) e virá importado da Alemanha nas versões sedã e Variant. Os preços ainda não foram divulgados, mas certamente serão superiores à versão Highline do Jetta – e o Novo Passat faz por merecê-los.
Ainda que traga um design comportado, ele está mais imponente que a versão anterior. As referências visuais remetem mais ao Phaeton que ao Jetta, o que é bom. Na frente, além da grade com frisos cromados e do novo para-choque, há faróis com leds para iluminação diurna. A traseira ganhou lanternas com nova disposição de luzes, que também lembram outros carros da marca alemã.
Por dentro ele também mudou pouco, no que está à vista. O acabamento melhorou e há novos comandos no console central, novos painéis das portas e novos bancos, que podem receber várias opções de revestimentos. Mas naquilo que não se pode ver – apenas aproveitar – é que o Novo Passat surpreende. A novidade é o ACC – Controle de Velocidade de Cruzeiro –, que vai além de um simples piloto automático. Um radar monitora as condições de tráfego e, se necessário, ele freia e acelera o carro para manter a velocidade inicial selecionada (nos modos Comfort e Sport), podendo parar completamente o carro na iminência de uma colisão. Mesmo desligado, entre 30 e 200 km/h, o radar avisa o motorista e, simultaneamente, aumenta a proximidade das pastilhas em relação aos discos de freio – tudo para otimizar as reações do condutor. E se não houver reação ou ela não for suficiente, o sistema age sozinho freando o carro.
O Novo Passat traz ainda um “sistema de detecção de fadiga” que identifica, através do movimento dos olhos do motorista, prováveis indícios de cansaço. Se isso ocorrer, um aviso sonoro com duração de 5 segundos, juntamente com uma mensagem no painel de instrumentos recomendando ao condutor que pare para descansar, dão o alerta. Se ele não atender ao aviso dentro de 15 minutos, o procedimento é repetido. E os auxílios ao motorista se completam com o melhorado Park Assist, que agora atua em vagas paralelas e perpendiculares, e estas precisam ser somente 80 cm maiores que o carro (contra 140 cm da versão anterior do sistema).
A nova geração do Passat será equipada, no Brasil, com o motor TSI 2.0 16v que equipa o Golf GTI europeu, que gera 211 cv a 5.300 rpm e 28 kgfm de torque entre 1.700 e 5.200 rpm e ainda conta com o sistema Start/Stop, que desliga o motor quanto o carro estiver parado no trânsito e torna a aciona-lo quando o motorista acelerar. Segundo a VW, o sedã vai de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, contra 7,7 da Variant. O câmbio é o mesmo automatizado DSG de dupla embreagem que equipa Jetta e Tiguan. No portamalas, o sedã comporta 485 litros e a Variant, 513 litros.
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