A ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou hoje o desempenho do setor automotivo em março e o total do primeiro trimestre de 2015. O presidente da entidade, Luiz Moan Yabiku Junior, afirmou ter ficado o desempenho do primeiro trimestre abaixo das expectativas. “Não tínhamos dúvidas que estes primeiros três meses seriam extremamente difíceis, mas a conjuntura dos fatos nos faz revisar as projeções. Entendemos a necessidade dos ajustes na economia e temos a expectativa de que eles sejam concluídos o mais rápido possível para que as atividades como um todo sejam retomadas”.
Segundo a entidade o número de licenciamentos de automóveis em março ficou em 234,6 mil unidades, alta de 26,2% em relação ao mês de fevereiro, que fechou com 185,9 mil veículos comercializados. Em relação a março de 2014, porém, a retração foi de 2,6%, já que naquele mês foram vendidas 240,8 mil unidades. No acumulado do ano o setor automotivo emplacou 17% a menos do que no ano passado: 674,4 mil unidades em 2015 e 812,7 mil em 2014.
A produção em março apresentou queda também. Foram 7% a menos em relação ao mesmo período no ano passado – 253,6 mil unidades contra 272,8 mil –, ainda que tenha havido elevação de 22,9% frente a fevereiro de 2015, quando saíram das linhas de montagem 206,3 mil autoveículos. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014 a produção de automóveis no país foi 16,2% menor, com 663,1 mil unidades entre janeiro e março deste ano contra 791,7 mil ano passado. As exportações, por outro lado, cresceram 6,3% na somatória dos primeiros três meses, com 79,4 mil unidades este ano e 74,6 mil ano passado. Só no mês de março de 2015 foram 32 mil unidades exportadas, contra 23,4 mil do mesmo período de 2014 - crescimento de 36,8%.
Para Luiz Moan Yabiku Junior o resultado positivo de março em relação a fevereiro era esperado, considerando que o Carnaval este ano aconteceu em fevereiro e, no ano passado, em março. "O fato é que o desempenho do primeiro trimestre confirma a complexidade conjuntural que estamos vivenciando, com diversos fatores com impacto direto na confiança do consumidor e dos investidores”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário