Por Pedro Ivo Faro
Falar da quarta geração do Golf é mencionar, sem sombra de dúvida, um dos carros mais queridos do país. Adorado por muita gente, o Golf tem características que o fazem reinar no seu segmento. Com boa oferta de motores, alta robustez mecânica, ampla oferta de peças (tanto autorizadas quanto no mercado paralelo) e excelente dirigibilidade, o modelo é aclamado como um dos melhores carros da Volkswagen, e tem fama (justificada) de bom de venda. A quarta geração, feita de 1998 a 2006, foi a que popularizou o modelo no Brasil, e que o transformou em objeto de desejo de muita gente.
NACIONAL X IMPORTADO
Apesar de a quarta geração já ser nacional, ele só ganhou esse título após 2000. Em seus dois primeiros anos aqui ele ainda era importado da Alemanha. A diferença se dá mais em termos de ano, uma vez que a nacionalização trouxe apenas um novo motor em 2001.
HAJA MOTOR!
O Golf de quarta geração teve vários motores. Ainda importado havia o SR 1.6 de 101 cv, o 2.0, de 116 cv e o GTI 1.8 Turbo de 150 cv como opção esportiva da linha. Em 2001 saiu de cena o SR 1.6 e entrou o elogiado EA-111. Apesar de ter a mesma potência do antecessor, ele tinha mais disposição em baixas rotações. Em 2002 o GTI teve a potência ampliada para 180 cv. E em 2006 veio o primeiro propulsor flex para o modelo.
ESPECIAIS
O Golf teve uma profusão de séries especiais, sendo a maioria ano 2002 em diante: Trip 1.6, Generation 1.6, Black e Silver 1.6 e 2.0 e Sport 1.8 Turbo (que usou o 1.8 turbo do GTI com 150 vc quando este motor já tinha 180 cv).
VR6
O mais especial dos Golf de quarta geração veio em 2003: o GTI VR6 usava um motor de seis cilindros em V e 200 cv de potência. Veio apenas com carroceria duas portes e nas cores prata ou preto. Além do kit aerodinâmico exclusivo, tinha rodas de 17 polegadas e alguns detalhes a mais no interior. Foram só 99 unidades, que hoje têm preço de tabela de R$ 45 mil (mas se prepare para encontrar ágio na hora da compra).
AUTOMÁTICO
Se a ideia é ter um Golf automático, saiba que ele teve ampla oferta desse tipo de transmissão, em especial nas versões 2.0.
FIQUE AO VOLANTE!
Dirigir o Golf é algo à parte, que faz o motorista querer ficar sempre atrás do volante. O câmbio de excelentes engates, a direção precisa e a boa suspensão o convidam a uma tocada esportiva, mesmo nas versões 1.6. Em termos de excelência em dirigibilidade, o modelo tido como maior rival do hatch alemão é o Focus, da Ford.
FIQUE DE OLHO!
Robustez é palavra de ordem no Golf. Mas preste atenção aos seguintes itens na hora de adquirir um usado:
- As presilhas que sustentam os vidros dentro da porta se quebram com o uso. Aproveite e olhe se todos os vidros elétricos funcionam bem.
- A suspensão dianteira pode apresentar ruídos, provenientes das buchas ou da bandeja. O “nhec-nhec” é percebido ao se passar em lombadas e pode indicar que essa parte do carro precisa de manutenção.
- Nos modelos com motor SR 1.6, verifique se a marcha-lenta está instável. Se estiver, o culpado é o corpo de borboleta. Como neles a frente é mais baixa que as outras verões, olhe sempre a parte inferior do carro em busca de arranhões ou problemas, principalmente no cárter.
- O acabamento emborrachado do painel e das portas pode se desgastar com facilidade, então olhe com cuidado essa parte do carro.
PREÇOS
A compra do Golf vai mais do que o comprador quer. Os modelos 1.6 com motor EA-111 tem ótima liquidez de revenda. Um 2006 sai por cerca de R$ 25 mil. Os 2.0 podem ser achados por cerca de R$ 27 mil. Neles, fique atento se há ar-condicionado e trio elétrico, que passaram a ser opcionais a partir de 2002.
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