MANUAL DE COMPRA - FIAT BRAVO

Por Pedro Ivo Faro

Hatches médios costumam ser o passo seguinte para solteiros (ou até jovens casais sem filhos), que acabam de sair de um hatch compacto e não precisam de nada muito familiar como um sedã compacto ou mesmo um sedã médio. E, nesse segmento, normalmente alguns critérios pesam, como estilo e nível de equipamentos. Nesse caso, há uma opção muito boa a se considerar é o Fiat Bravo. Apresentado como linha 2011, o hatch cativa pelo estilo e, principalmente, pelo farto pacote de equipamentos. 

PREDICADOS

Desde que foi lançado aqui o Bravo foi aclamado por dois itens: pela beleza das linhas, que são até mais refinadas que as do irmão menor Punto, e também pelo rodar macio. Boa construção e interior bem-acabado também estão entre os elogios que o hatch costuma receber.

HAJA EQUIPAMENTO!

O Bravo é abarrotado de equipamentos. A versão de entrada Essence já trazia um pacote generoso: airbags, ar, direção elétrica com regulagem de maciez, altura e profundidade, rodas de liga aro 16, farol de neblina com auxílio para curvas, freio a disco nas quatro rodas, piloto automático, som e banco do motorista com regulagem de altura. E ainda havia opcionalmente ABS, câmbio automatizado Dualogic (com borboletas no volante), ar digital bizona, teto solar, Isofix, som com subwoofer, Bluetooth e GPS, sensores de farol, de chuva e de estacionamento (dianteiro e traseiro) e retrovisores com rebatimento elétrico. A “top” Absolute juntava tudo isso e ainda trazia a mais o ar digital, sensor de ré, volante de couro e roda aro 17. Entre os opcionais, Dualogic, teto, monitor de pressão dos pneus, couro e mais cinco airbags. Ambos traziam o 1.8 E.torQ flexível de 130/132 cv.

APRESSADINHO

Para os que tem coceira no pé direito há a versão esportiva T-Jet. Com um 1.4 turbo de 152 cv movido somente a gasolina, ele tem bons 21,1 kgfm de torque, que sobem para 23 ao se pressionar a tecla OVB (overbooster) do painel, que também deixa o acelerador mais arisco e a direção mais pesada. Em termos de itens, ele traz basicamente tudo que o Absolute traz. E a suspensão é mais firme que os outros Bravo, vale ressaltar.

FIQUE DE OLHO

Como qualquer usado, o Bravo precisa de uma olhada em alguns itens antes da compra. No caso dele, veja os seguintes:

- A suspensão, similar à do antecessor Stilo, é conhecida por ter ruídos em excesso. Para ver se eles estão presentes, basta rodar em piso irregular.

- Faróis e lanternas podem embaçar por infiltração de água ou condensação de vapor. O primeiro caso exige a substituição por uma falha de vedação ou por trincas no corpo ou na lente. Já o segundo é considerado normal pelas concessionárias.

- Nos Dualogic, verifique a presença de  falhas ou hesitações nos comandos. Mas os trancos são inerentes ao sistema e costumam ser suavizados com uma atualização no software pelas concessionárias.

- Nas versões com motor 1.8, Fique atento para ruídos anormais. Os pistões podem ter danos ao alternar o uso de gasolina para etanol, sendo que o pistão pode quebrar dentro do motor em casos extremos, exigindo retífica do bloco e substituição do cabeçote.

- Nos carros com teto solar, cheque o funcionamento correto do sistema, se não há estalos, rangidos ou infiltrações de água. Ruídos estranhos podem indicar que o equipamento foi submetido a esforços exagerados, provocados pela abertura em altas velocidades. 

PREÇOS

Pelo valor de um Palio 1.4 zero-quilômetro equipado (cerca de R$ 42 mil), dá para levar um Bravo Absolute 2012, que vem mais equipado, além de ser mais espaçoso e ter mais motor.