Por Pedro Ivo Faro
Os SUVs compactos (ou, como muita gente gosta de chamar, jipinhos) viraram febre no país e não é de hoje. Desde que o Ford EcoSport começou a ser produzido, em 2003, o fenômeno ganhou força no país e toda montadora que se preze passou a ter seu representante. Mas a Toyota se antecipou à moda com o RAV4, que existe desde os anos 90 e aportou no Brasil em 1999. A geração abordada aqui é a segunda, que chegou por aqui no fim de 2000 como modelo 2001.
SUV SIM, SENHOR
Enquanto carros como o Eco e alguns dos seus rivais são derivações de plataformas de carros compactos que ficaram mais "altinhos", o RAV4 é um utilitário esportivo de fato e de direito, com tração nas quatro rodas, alguma desenvoltura para terrenos ruins e até opção de câmbio automático. A sigla RAV4, por sinal, significa Recreational Active Vehicle 4 Wheel Drive, ou "veículo ativo de recreação com tração nas quatro rodas".
LEGÍTIMO JAPONÊS
O RAV4 tem vários predicados, mas um deles certamente é a reputação de durabilidade já associada à marca Toyota. Além disso ele também tem alguns recursos técnicos que fizeram fama justamente na marca japonesa, como o comando de válvulas variável VVT-i - tão comum hoje nos Corolla, o RAV4 foi o primeiro modelo por aqui a usar tal recurso. Na segunda geração ele auxiliava o motor 2.0 a render 150 cv e o conforto era garantido pelo câmbio automático opcional de quatro marchas.
TEM O QUE É BOM
Como a segunda geração foi feita entre 2000 e 2006, logicamente ele não tem equipamentos mais modernos, como centrais multimídia ou sensores de estacionamento. No entanto aquilo que muita gente procura, como ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico, ele tem, junto com airbag duplo e freios ABS. Além disso, pode ter câmbio automático. E na segunda geração, pneus 215/70 com rodas de alumínio aro 16 e CD Player também vinham de série.
FIQUE DE OLHO
Sim, o RAV4 é um Toyota e isso quer dizer que ele é muito durável, mas não indestrutível. Portanto dê uma checada nestes itens:
- Revise a tração 4X4 e o bloqueio de diferencial. Observe se o sistema está funcionando sem trancos ou soluços. A revisão periódica é a cada 40 mil km ou um ano de uso.
- Verifique se a cobertura do estepe não está folgada. Isso pode ocorrer com o tempo de uso.
- Olhe se o porta-luvas fecha normal. Com o tempo surgem folgas nas dobradiças e dificuldade para fechar.
- Nos modelos entre 2003 e 2006 podem aparecer ruídos ao se rodar em pisos ruins. Isso é fruto de uma válvula interna do pistão cuja solução, segundo técnicos da marca, seria a troca do amortecedor. A troca pode sair cara, tendo que trocar a peça.
- Se o carro estiver fazendo barulho ao rodar, pode ser folga nos eixos ou desgaste da bucha da suspensão. Na dúvida, peça a um mecânico de confiança para avaliar a origem do problema.
- Além da suspensão, outra fonte de ruído podem ser um coxim do motor trincado. Em alguns carros, o desgaste dessa peça é maior devido ao uso em trilhas ou pisos mais acidentados.
PREÇOS
Pelo preço de um EcoSport básico dá para se levar um RAV4 2005 e ainda sobrar troco para a manutenção. Segundo a tabela FIPE, ele sai por R$ 36 mil. E, mesmo tendo 10 anos, a durabilidade digna de um Toyota diminui o medo de problemas.
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