Por Pedro Ivo Faro
Pode um modelo que saiu de linha há nove anos ser considerado boa opção de compra? Se estivermos falando do VW Santana, a resposta é com certeza. Nele já está arraigada a pecha de “carro de taxista” e, principalmente nos últimos exemplares, acabamento esmerado e fartura de itens não é palavra de ordem. No entanto, ele compensa isso com durabilidade enorme, custo de manutenção baixo e bom desempenho.
TANQUE DE GUERRA
A fama de carro de taxista se justifica de maneira fácil: o Santana é um tanque de guerra. Roda, roda e roda sem reclamar - exemplares que passaram dos 300 mil km rodados sem abrir o motor não são raridade. Além disso as peças de reposição são normalmente mais baratas que as da concorrência e o mercado paralelo está bem abastecido delas, graças a um projeto básico mantido por 15 anos - ele foi remodelado em 1991 e teve poucas alterações até 2006.
VELHINHO BEM-COTADO
Apesar de obsoleto e fora de linha há um bom tempo, saiba que o Santana tem boa liquidez de revenda. Segundo o ranking dos usados mais vendidos da Fenbrave, ele sempre está regularmente no top 50 (melhor, no top 25!), “brigando” de igual para igual com carros mais novos e modernos.
TEM OPÇÃO
Apesar da “fama”, o Santana não precisa ser necessariamente franciscano. Mesmo nos últimos modelos o trivial (ar-condicionado e trio elétrico) não é difícil de encontrar, enquanto que a direção hidráulica vem de série. Eles costumam custar uns 10% a mais, mas compensam pela liquidez de revenda. E se a opção é por um modelo mais equipado, procure pelos Exclusiv (substitutos dos antigos GLSi), que trazem com melhor acabamento interno, farol de neblina e às vezes vêm com freios ABS e teto solar.
IDENTIFICANDO A IDADE
Para saber se um Santana é dos mais velhos ou mais novos, cheque a documentação: as versões CLi, GLi e GLSi indicam que ele é dos primeiros pós-reestilização, ou seja, vendidos entre 1991 e 1997. Depois disso, vieram as nomenclaturas 1.8 Mi, 2.0 Mi, Evidence 2.0 e Exclusiv 2.0. Os modelos mais recentes, com remodelações em grade e para-choque, além de lanternas com desenho mais moderno vieram a partir de 1999.
FIQUE DE OLHO!
Durável como poucos, o Santana é um verdadeiro pão duro: dá pouco gasto com manutenção, e demora a quebrar. No entanto, isso não impede que defeitos apareçam. Cheque se ele tem alguns destes.
- O acabamento plástico, principalmente nos últimos modelos, já não era dos melhores, então veja se não há nenhuma “batedeira”. Dependendo do caso, vale desmontar o painel e dar uma conferida para eliminar os grilos.
- Como a suspensão dele é exemplar para aguentar nosso piso ruim, ela passa despercebida. Uma checada simples em buchas, batentes e amortecedores já serve. Antes, claro, rode numa rua de calçamento para ver se há algum barulho estranho.
- Cheque alguns detalhes que mostram se o carro foi judiado por taxistas além do hodômetro: bancos gastos, alavanca de câmbio lisa, e, principalmente, fiação do sistema de GNV no porta-malas são maus sinais.
PREÇOS
Um Santana Exclusiv 2.0 ano 1999 sai na casa dos R$ 15 mil, preço que inclui direção hidráulica, ar-condicionado, rodas de liga leve, trio elétrico, alarme, acabamento dos bancos aveludado e grades e espelhos pintados.
É um carrão mesmo!!
ResponderExcluirAinda desfila elegante em nossas ruas.
Sugiro uma matéria dessa para os primeiros Ford Focus 2001 a 2003