Por Maximiliano Moraes, de Indaiatuba (SP)
Fotos: Divulgação
A linha Onix e Prisma ganhou novas versões de entrada. Mantendo o design das versões antigas mas agregando todas as mudanças técnicas dos novos modelos, sempre com foco em eficiência energética e melhoria no consumo de combustível, o Onix Joy e o Prisma Joy chegam já garantindo o posto de modelos mais econômicos da Chevrolet no país, bem como o selo "A" do Inmetro e o selo verde do Conpet.
O motor usado pelos dois recebeu a maior parte das alterações. O bloco, chamado pela marca de 1.0 ECO (80 cv, 9,8 kgfm a 5.200 rpm, etanol), recebeu novos pistões, bielas e anéis, alternador de alto rendimento, melhor gerenciamento de energia elétrica, um módulo eletrônico 40% mais rápido, novo módulo de arrefecimento mais silencioso, leve e com menos líquido, e um novo tipo de óleo lubrificante, tudo para otimizar o funcionamento, reduzir atritos e melhorar o consumo.
E não acabou. Há um novo câmbio manual com 6 velocidades - a 6ª marcha atuando como overdrive e reduzindo as rotações do motor em velocidade - e aviso de trocas de marchas no painel, bem como sistema de direção com assistência elétrica, que não rouba potência do motor. A Chevrolet reduziu ainda o peso do Onix e do Prisma Joy reforçando a carroceria com metais mais leves e resistentes, além de introduzir um novo sistema de freios com menos componentes e peso menor e passar a usar pneus de baixo atrito com medidas 185/70 R14.
Todas as melhorias tornaram possíveis as médias, para o Onix Joy, de 9,1 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada com etanol, ou 12,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada utilizando gasolina. O Prisma Joy conseguiu, nas mesmas situações, 9 / 11,1 km/l ou 12,9 / 15,6 km/l.
Há poucas alterações estéticas. Mais baixos, os novos Onix e Prisma Joy tiveram as suspensões retrabalhadas e seu curso reduzido em 1 cm. O Onix recebeu novo forro de porta (o Prisma manteve o antigo), com puxador mais ergonômico, mas os comandos dos vidros elétricos passaram para o console central - melhora daqui, piora dali. O revestimento da cabine agora mistura padronagens preto e cinza, enquanto a iluminação do painel, que recebeu também alerta de pressão baixa de pneus, se tornou branca e âmbar.
Painel agora tem iluminação âmbar e avisos de troca de marcha e pressão baixa de pneus |
Além dos vidros elétricos, da direção elétrica e dos itens obrigatórios por lei (airbag duplo e ABS com EBD), os novos Onix Joy e Prisma Joy trazem ar condicionado de série, além do sistema OnStar de monitoramento. Mas não há botõezinhos na base do retrovisor interno; o pacote "Safe", que engloba serviços de diagnóstico (quilometragem total percorrida e monitoramento de pressão dos pneus) e segurança (bloqueio e recuperação do carro em caso de roubo), é ativado exclusivamente pelo aplicativo no smartphone do usuário. O serviço é gratuito no primeiro ano de uso e prevê redução do custo da apólice de seguro.
Forro de porta do Onix Joy mudou, mas comandos dos vidros migraram para o console central |
Os preços sugeridos são de R$ 38.990,00 para o Onix Joy - menos do que a Chevrolet costumava cobrar pela extinta versão LS - e de R$ 42.990,00 para o Prisma Joy, bem menos que os distantes R$ 53.990,00 pedidos pela versão imediatamente superior, LT.
Primeiras impressões
Nosso primeiro contato com as novas versões de Onix e Prisma foi no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba. Na pista de testes, com pisos de todo tipo (buracos, paralelepípedos, ondulações, retas, curvas de alta e de baixa), o novo sistema de suspensão diz imediatamente a que veio. O hatch e o sedã sempre foram carros gostosos de dirigir, mas o conjunto realmente parece mais equilibrado e neutro, filtrando melhor as imperfeições ao mesmo tempo que mantém o carro no prumo. Os freios dão o complemento necessário ao sistema, apresentando bom comportamento mesmo em freadas bruscas.
O isolamento acústico também melhorou, ainda que esta característica não tenha sido pontuada pela Chevrolet. Mesmo em alta rotação o ruído do motor permaneceu comedido, sem invadir a cabine. As trocas de marcha continuam macias, o escalonamento melhorou e o torque parece chegar um pouco mais cedo - o que é curioso, considerando o pico em altíssimas 5.200 rpm.
Senti falta, porém, dos ajustes de altura para o banco e para a coluna de direção; a posição de dirigir, para mim, não foi das melhores. O apoio lateral dos bancos dianteiros poderia ser melhor, mas o tipo de público que compra carros de entrada não costuma reclamar disso. Uma coisa é certa: tanto Onix quanto Prisma continuam dentre os mais espaçosos de seus segmentos, tanto na frente quanto atrás.
Vale a compra?
Sim, tanto de um quanto do outro. Pacote interessante de itens de série, design mantido mas não tão envelhecido, boa oferta de espaço, economia de combustível e preço competitivo colocam Onix Joy e Prisma Joy como 2 das melhores opções no mercado, com custo x benefício excelente.
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