Opções mais urbanas para ampliar as vendas
Por Yuri Ravitz, de Atibaia (SP), via CarPoint News
Fotos: Divulgação
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Nova Toyota SW4 SR Flex |
Um segmento que não para de crescer no Brasil é o dos utilitários, sejam picapes ou SUVs; muitos brasileiros buscam essas opções pela versatilidade que apresentam. Entretanto, preços muitas vezes elevados ou até mesmo poucas opções de versão e motorização podem afastar possíveis clientes. Na busca de aumentar sua já favorável participação neste segmento, a Toyota apresentou ontem (3 de agosto) em Atibaia (SP) as linhas Flex da picape Hilux e de sua versão SUV, a SW4.
Nova Toyota Hilux SRV Flex |
As novas Hilux e SW4 Flex chegam nas seguintes versões e preços:
Hilux SR 4x2 - R$ 111.700,00
Hilux SRV 4x2 - R$ 120.800,00
Hilux SRV 4x4 - R$ 131.200,00
Todas as versões têm carroceria com cabine dupla e câmbio automático sequencial de seis marchas com trocas manuais na alavanca e modos Eco e Power.
SW4 SR 5 lugares - R$ 159.600,00
SW4 SR 7 lugares - R$ 164.900,00
O conjunto mecânico é o mesmo da Hilux, mas a SW4 pode ser equipada com câmbio manual de cinco marchas na versão para vendas diretas, esta custando R$ 146.550,00.
Nova Toyota SW4 SR Flex |
Nova Toyota Hilux SRV Flex |
Não há mudanças estéticas na Hilux Flex, mas a SW4 Flex não traz alguns mimos das versões mais caras, como os faróis Bi-LED com luzes diurnas (na Flex são do tipo projetor com lâmpadas convencionais para luzes baixa e alta) e o grande friso cromado que percorre toda a lateral da carroceria (nas variantes mais baratas é preto fosco). Por dentro as duas tem em comum a coluna de direção ajustável em altura e profundidade, o sistema multimídia Toyota Play com tela de 7 polegadas sensível ao toque e os painéis de porta que trazem plástico e tecido nas partes de maior contato com o braço. Somente a Hilux traz ar-condicionado digital e regulagem elétrica do banco do motorista; em contrapartida, a SW4 possui difusores de ar para todas as fileiras de assentos, trazendo controle individual para a segunda fileira.
Primeira Volta
O foco do lançamento é o novo motor, um 2.7 16v Flex com tecnologia Dual VVT-i e sistema de partida a frio sem tanque adicional de gasolina. A potência é de 163 cv com etanol e 159 cv com gasolina, e o torque é de 25 kgfm a 4.000 giros com ambos os combustíveis.
Em um primeiro momento a potência pode parecer insuficiente para o porte avantajado das Hilux e SW4, mas o bom escalonamento do câmbio automático de seis marchas compensa e garante que não haja falta de força nos utilitários. As mudanças de marcha são feitas rapidamente mesmo no modo Eco, e há a possibilidade de realizar trocas manuais na própria alavanca. O conta-giros marca até 7.000 rpm, mas em condução normal o motor busca trabalhar com regime de rotações entre 2.000 e 3.000 giros. O ruído do motor não chega a invadir tanto a cabine, mas a constância do giro mais elevado pode incomodar quem transita por estradas a maior parte do tempo - ou quem prefere a sinfonia dos propulsores a diesel, mais encorpada.
A sensação ao volante é a de se guiar um carro menor, pois o volante é leve e a suspensão trabalha com suavidade mesmo em ondulações e buracos na pista. Os ocupantes só serão sacrificados pelo balanço da carroceria em pisos muito acidentados. Falando nisso, a falta de tração 4x4 foi uma concessão em prol do preço reduzido e um indício da vocação urbana das Hilux e SW4 Flex. Porém, durante o teste em pista de terra foi possível perceber que a Toyota não deixou que o DNA bruto dos utilitários se perdesse.
É claro, os bicombustíveis 4x2 não se comportam da mesma forma que os irmãos com motor diesel e tração 4x4, mas ainda assim se comportam de forma decente em trilhas mais "ariscas" e não decepcionarão os aventureiros de fim de semana, que gostam de sair do asfalto de vez em quando. A Toyota declara que o chassi foi reforçado em 20% e que a suspensão traseira foi redesenhada e reforçada. Ambos os modelos contam ainda com controles de tração, estabilidade e reboque.
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