Por Pedro Ivo Faro
Já apareceram carros mais antigos no manual de compra. Mas um que não poderia deixar de estar nesta seção é o Monza. Apesar de ser um carro já antigo (o fim da produção veio em 1996, ou seja, quase 20 anos), o antecessor do Vectra não deixa de ser uma boa compra, principalmente quando se quer um carro mais equipado e – principalmente – confortável por menos dinheiro. Nessa missão, a robustez mecânica e a boa durabilidade geral do conjunto também ajudam, e muito.
BOM DESEMPENHO
O que impressiona no Monza é que, no mercado de usados, ele ainda tem boa aceitação. Não exatamente nas concessionárias ou nas lojas de carros usados, mas nos classificados, por exemplo, ele ainda é um modelo de boa procura.
EQUIPADO
Procurando com cuidado, consegue se achar um Monza muito bem-equipado, até com itens que alguns carros nacionais atuais mais caros possuem só em versões mais caras. Por exemplo, um GLS 1995 (um dos últimos a serem produzidos, já que ele saiu de linha em 1996), tem retrovisor eletrocrômico, regulagem de farol e freio a disco nas quatro rodas, assim como também possui ar-condicionado, direção hidráulica, e vidros e travas elétricos.
OPÇÃO
Apesar do modelo existir desde os anos 80, dê preferência aos pós-1991 – ou seja, os que vieram depois da reestilização. Além de serem mais fáceis de serem encontrados em bom estado, também possuem maior procura e liquidez de revenda. Mas aqui vale um adendo: evite as versões de duas portas, que são mais complicadas na hora de revender.
HAJA VERSÃO!
Uma coisa que pode fazer o comprador gastar mais sola de sapato é a procura pelas versões, pois o Monza teve várias. Até 1994 as versões eram SL, SL/E e SE Classic. Após 1994 os nomes mudaram para GL e GLS. A partir de 1991, todos os Monza passaram a ter injeção eletrônica também, vale lembrar.
MUITOS ESPECIAIS
O sedã foi pródigo em séries especiais. Em 1992 houve a série Barcelona, O Barcelona 1.8 e 2.0, sempre na cor prata, homenageava as Olimpíadas de 1992. O Monza 650 2.0 marcou a produção de 650000 unidades vermelhas. O Club 2.0 comemorava a Copa de 1994, nas cores cinza e azul escuro. O Class 2.0 só vinha cinza. Todos traziam travas e vidros elétricos, além de direção hidráulica. Mas o mais raro de todos, certamente é o Hi-Tech 2.0. Com tinha freio a disco nas quatro rodas com ABS, computador de bordo e painel digital, teve só 500 unidades produzidas. Raridade certa.
SEM FLEX
Pela ausência da tecnologia flex à época, só se encontra Monza ou a gasolina, ou a álcool. O mercado aceita melhor a primeira versão, vale lembrar.
FIQUE DE OLHO!
Robustez mecânica e peças em conta são comuns ao sedã. Mas, ainda assim, convém manter o olho aberto com os seguintes problemas:
- Olhe se a coluna de direção possui alguma folga.
- Cheque o estado de molas e amortecedores, para ver se eles não estão gastos.
- A caixa de direção e a suspensão traseira podem apresentar ruídos, então, ouvido atento!
- Teste os engates da marcha. Se não forem precisos, pode ser o trambulador.
- Os modelos com painel digital podem apresentar falhas no hodômetro, sempre é bom conferir.
- Olhe o estado do estofamento, que pode apresentar alguns rasgos eventuais.
PREÇOS
Por ser mais antigo, o Monza tem sempre o preço mais em conta: um GLS 1996 vem com praticamente tudo que um sedã médio atual tem, mas com o preço na casa dos R$ 11 mil.
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