Por Rodrigo Rego e Maximiliano Moraes
Fotos: Rodrigo Rego
Fotos: Rodrigo Rego
Lançado em 2004 o Fit fez sua fama, como todo Honda, pela robustez mecânica e baixa desvalorização, além de ter o diferencial do bom aproveitamento de espaço interno. O último modelo, lançado no ano passado, ressalta essas qualidades: o sistema de rebatimento dos bancos traseiros, por exemplo, ainda é exclusivo dentre os concorrentes (apesar de o Fit não pertencer claramente a nenhum segmento) e nenhum outro compacto premium oferece tanto espaço interno e no porta-malas. Mas se houve evolução em alguns aspectos, outros regrediram e ainda deixam a desejar.
Esta geração do Fit chegou com um design bem diferente do anterior, seguindo a linha atual presente em outros modelos da Honda. A lateral atrai os olhos mais até que a frente e a traseira, apresentando desenho arrojado, com linhas e vincos bem marcantes. São destaques na versão que avaliamos, EXL, a grade frontal e a régua acima da placa com acabamento em preto brilhante (também presente na versão EX) e as rodas de liga leve com aro de 16 polegadas e acabamento diamantado. A crítica vai para o fato de o para-choque traseiro ser pouco ressaltado, deixando a tampa do porta-malas muito exposta a pequenas batidas.
A abertura das portas é boa, facilitando o acesso de pessoas com dificuldades de mobilidade ou de crianças. Prática, a cabine conta com vários porta-objetos e soluções criativas como o porta-copos regulável à frente do difusor esquerdo do ar condicionado. Os bancos revestidos em couro nesta versão contam com ajuste manual de altura para o motorista e são bem confortáveis, com bom apoio lateral. Não são nem um pouco cansativos numa viagem longa, mas seria melhor se houvesse um apoio de braços central.
Por outro lado ainda há muito plástico na cabine. Ainda que a qualidade de montagem com o padrão Honda seja boa, o acabamento com uso em excesso de black piano cansa. A qualidade do sistema de áudio também deixa um pouco a desejar, mas pelo menos há Bluetooth, entradas auxiliares e USB. O ar condicionado analógico resfria bem o ambiente, mas concorrentes disponibilizam sistema automático digital. Falta ainda uma central multimídia decente, com tela touch-screen e GPS integrado. Não há sensor de estacionamento, mas a câmera de ré tenta compensar. Vidros contam com comandos elétricos nas 4 portas, mas só o do motorista tem one-touch. Sensores crepuscular e de chuva também não cairiam mal.
Por outro lado ainda há muito plástico na cabine. Ainda que a qualidade de montagem com o padrão Honda seja boa, o acabamento com uso em excesso de black piano cansa. A qualidade do sistema de áudio também deixa um pouco a desejar, mas pelo menos há Bluetooth, entradas auxiliares e USB. O ar condicionado analógico resfria bem o ambiente, mas concorrentes disponibilizam sistema automático digital. Falta ainda uma central multimídia decente, com tela touch-screen e GPS integrado. Não há sensor de estacionamento, mas a câmera de ré tenta compensar. Vidros contam com comandos elétricos nas 4 portas, mas só o do motorista tem one-touch. Sensores crepuscular e de chuva também não cairiam mal.
Seguro, o Fit EXL é. Esta versão conta com sistemas Isofix e LATCH de fixação de cadeirinhas infantis no banco traseiro, apoios de cabeça reguláveis e cintos de segurança de 3 pontos para todos os ocupantes, airbags dianteiros e laterais, ABS com EBD e controle de velocidade com comandos no volante. Pena que só a versão de topo conte com todo este aparato. A EX já não tem airbags laterais, e abaixo dela já não existe mais cruise control. Os freios nas rodas traseiras são sempre a tambor em qualquer versão. Controles de tração ou estabilidade? Esqueça, não estão disponíveis nem como opcionais.
Ao volante ele agrada, com ressalvas. Posição de dirigir, visibilidade e ergonomia são dignas de destaque. Sobre o motor não há queixa; continua eficiente, elástico e econômico, com média de 8,5 km/l de etanol registrada pelo computador de bordo em ambiente urbano e beirando os 12 km/l na estrada. Rende 116 cv e 15,3 kgfm de torque a 4.800 rpm com este combustível - ou seja, gosta de girar. E isso traz a consequência do nível de ruído alto na cabine acima de 3 mil rpm. O câmbio CVT não ajuda, já que eleva as rotações a qualquer momento para tornar o monovolume mais ágil em retomadas no modo Sport. Um pouco de esportividade é garantida pela suspensão com ajuste durinho e os pneus de perfil 55, que permitem curvas competentes mas maltratam um pouco em piso irregular.
Quem gosta de conforto vai preferir o modo normal de condução, quando o CVT torna o Fit bem mais linear em acelerações e mantém o giro em pouco mais de 2.000 rpm a 120 km/h. A direção, que conta com coluna regulável em altura e profundidade, é bem leve em manobras e se mantém leve em velocidade; o sistema elétrico poderia ser menos permissivo.
O Honda Fit continua sendo um bom carro, concluímos. É para quem preza confiabilidade e robustez acima de tudo. Mas é caro demais pelo que oferece; a versão EXL custa R$ 70.900,00 e neste belo e indiscreto tom de azul, mais R$ 990,00 assim como qualquer outro tom metálico ou perolizado disponível. Assim como a Honda perdeu clientes do Civic por demorar a equipá-lo no mesmo nível da concorrência, não é difícil pensar num êxodo da clientela do Fit para outros modelos mais equipados e com custo x benefício mais atraente. Já passou da hora de a marca parar de confiar só na fama e equipar o Fit de forma convincente.
Excelente avaliação. Sempre fui um entusiasta do Honda FIT e concordo com a conclusão da análise. Trata-se de um carro excelente, mas que corre o risco de perder mercado por não incorporar elementos de segurança como o controle eletrônico de estabilidade e o de tração, além de acessórios disponíveis em modelos comparáveis de outras marcas.
ResponderExcluireu adoraria comprar o Fit, porem nao abro mao de air bag para meus filhos, e freios ESP.Infelizmente vou gastar um pouco mais e pegar um completo de verdade!! Espero que Honda melhore isso.
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