Um amigo meu queria comprar um hatch médio. Pesquisou durante meses. Ficamos em contato durante todo este tempo, onde esclareci todas as dúvidas que pude em relação a todos os modelos cotados. Finalmente, ele chegou à conclusão que a melhor escolha era o Ford Focus Hatch GLX 2.0. Mas a decisão não foi tão fácil assim: durante um bom tempo ele se viu extremamente tentado a levar o novo Fiat Bravo, que tem tantos atrativos quanto o modelo da Ford. Então, por que o hatch mineiro foi deixado de lado?
Como outros carros deste segmento, basta ter dinheiro para recheá-lo com equipamentos eletrônicos, de conveniência, conforto e segurança. Mas com preço inicial tabelado em R$ 55.480,00, o Bravo já vem bem equipado e não deixa a desejar. Ar condicionado, direção elétrica, airbag duplo, CD/MP3, travas, retrovisores e vidros (nas 4 portas) elétricos, rodas de alumínio com aro de 16 polegadas, volante e banco do motorista reguláveis, piloto automático, computador de bordo, faróis de neblina direcionáveis e um monte de porta-objetos estão lá. Mas, ok, ninguém leva um carro com airbag e sem ABS. E a visibilidade traseira não é das melhores. Ponha na conta, então, mais um dinheirinho e considere um Bravo “de entrada” com ABS e sensor de estacionamento traseiro por R$ 56.896,00. Vale?
Para começar, o hatch da Fiat, que é bonito e atual por fora, é muito bem acabado por dentro. As texturas, especialmente do painel, lembram o acabamento de carros europeus – e era essa a intenção da marca ítalo-brasileira. O layout é bonito, a ergonomia é muito boa e a posição de dirigir, idem. Mesmo motoristas mais altos (e largos) não vão achar difícil encontrar o ponto certo com as regulagens de altura e distância do volante, mais a de altura do banco. Atrás, com os bancos dianteiros totalmente recuados, o espaço não é tão bom assim, especialmente para quem tem mais que 1,80 m de altura. Mas há de se pensar que grande parte dos motoristas brasileiros não têm estaturas tão avantajadas e podem andar com os bancos um pouco mais para a frente, liberando espaço para passageiros. O portamalas tem 400 litros declarados (356 aferidos), com grande abertura da tampa, porém com vão um pouco estreito e boca alta. Mesmo assim, não foge muito à média da concorrência. Some a isso todos os itens de comodidade e segurança deste Fiat, e quem andar nele não vai se sentir mal.
Em segundo lugar, por mais que se diga que o Focus é o carro a ser batido quanto à dirigibilidade (e é verdade), o motorista comum não vai perceber a diferença quando andar no Bravo. Mesmo aproveitando a plataforma e as soluções de suspensão do Stilo, ele é confortável e equilibrado ao mesmo tempo. As curvas são feitas com competência e a buraqueira do asfalto, ainda que percebida, não vai incomodar tanto. Para a versão brasileira, a suspensão foi um pouco elevada e isso pode causar estranheza nesta versão, que conta com rodas com aro 16 – por incrível que pareça, pequenas para o porte do carro. Em contrapartida, isso acaba gerando mais conforto de rodagem, considerando a má qualidade de nosso piso. Claro, quem quiser pode optar por rodas maiores, aro 17 nas versões Essence ou Absolute e 18 na TJet.
O desempenho também agrada. Ele é pesado (1.360 kg), mas o motor 1.8 16v E.torQ, com até 132 cv e 18,9 kgfm de torque, é competente, com performance no meio-termo entre as versões 2.0 e 1.6 do Focus. A suavidade de funcionamento surpreende, mesmo com o ronco levemente esportivo em acelerações. Só o consumo poderia ser melhor: 6 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada, com álcool, é pouco. Os 58 litros do tanque não são suficientes para fazer o Bravo ir de São Paulo a Belo Horizonte sem abastecer. Outro revés é a garantia menor que a da concorrência: são 2 anos de cobertura, contra 3 do Focus e 5 do i30.
Mesmo assim, há muito mais qualidades que defeitos neste Fiat. Tínhamos 2 perguntas a responder, e a resposta à segunda delas é: o Bravo vale, sim, o que custa. E quanto à primeira pergunta? Por que a escolha do meu amigo recaiu no Focus, e não no Bravo? Simples: porque em quase tudo em que o Bravo é bom, o Focus é ligeiramente melhor. Até no preço, já que, na compra do Focus, meu amigo conseguiu um bom desconto – coisa que é praticamente impossível de se obter quando se trata de carros recém-lançados.
Tendo em vista esta escolha acho, muito inteligente, porém o ford focus mudará no final de 2012 ou no primeiro trimestre de 2013, então a melhor opção seria o bravo. Todos os modelos da ford serão lançamentos globais, assim como a maioria das montadoras estam fazendo agora, exemplos edge, new fiesta sedan e hatch, cruze, captiva, fusion, malibu, jetta... dentre outros... assim como o bravo que é um lançamento mundial atrasado para nós mas é o mesmo modelo europeu, esta aí uma justificativa plausível e totalmente relevante na hora de compara um hatch médio.
ResponderExcluirAcabei de adquirir um Bravo, e com certeza o acabamento interno e externo são exelentes, o motor despença comentarios tem uma grande pegada. O problema do Focus que será lançado um novo modelo totalmente diferente do atual, e por esse motivo o que sai barato na compra será ainda mais barato na venda, pois imaginem voce dirigindo um carro novo de modelo velho. Como a Peugeot que até final do ano vendeu o 307 e agora substituiu pelo 308, quem comprou ano passado perdeu muito. Conselho, fiquem atentos com os lançamentos para poder fazer um bom negócio.
ResponderExcluirPena que o Bravo perdeu( ou deixou de ter tração e esp) eu considero isso importante em uma compra, ahhh cambio de seis marchas tb...no mais a sua opinião é esclarecedora..
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