terça-feira, 13 de dezembro de 2011

VW SPACE CROSS I-MOTION – TESTE DE 5 DIAS



Foto: Maximiliano Moraes


O novo desenho a tornou bem mais atraente que a anterior, tanto por dentro quanto por fora. Na versão “aventureira”, a nova roupagem também lhe caiu muito bem, ainda que discreta. Motor confiável, comportamento dinâmico elogiável, concessionárias por toda parte. Nada, nem mesmo o preço alto (R$ 57.990,00 com câmbio mecânico e R$ 60.690,00 com câmbio automatizado, sem opcionais) parece ofuscar o brilho da Volkswagen Space Cross – especialmente porque ela já vem muito bem equipada de fábrica.


Nada melhor do que avaliá-la no dia-a-dia, então, para saber se a Space Cross é realmente tudo isso que aparenta. Com concorrentes de peso, como a Fiat Palio Adventure – a “mãe” dos pseudo-aventureiros no Brasil – e a Peugeot 207 Escapade – barata e ágil –, por que adquirir uma perua menos agressiva no visual (menos ainda por dentro), com motor menos potente e preço maior?

Neste teste de 5 dias, o RACIONAUTO avaliou a VW Space Cross em Belo Horizonte, colocando em pauta tudo o que o consumidor comum perceberia no dia-a-dia de uma grande cidade. Dividimos a análise em 5 pontos, que gerarão 5 posts: acabamento e equipamentos, espaço e conforto, desempenho e consumo, segurança e custo x benefício.

ACABAMENTO E EQUIPAMENTOS

Foto: Maximiliano Moraes

Foto: Maximiliano Moraes

A reformulação da família Fox foi muito feliz e a Space Cross se beneficiou disso. A perua recebe bem os ocupantes; tudo é de boa aparência e os materiais são de qualidade indiscutivelmente melhor, bem como a montagem, o layout e a ergonomia – ao contrário da versão anterior da SpaceFox, onde o acréscimo de itens de série em relação ao antigo Fox não apagava a impressão de carro pobre e mal acabado.

Ar condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos (o espelho da direita se volta para o meio-fio ao se engatar a ré), piscas nos retrovisores, chave-canivete com controles do alarme e da abertura do porta-malas, airbag duplo, ABS com EBD, sensores crepuscular, de chuva e de estacionamento, computador de bordo, regulagem do volante e do banco, rodas de liga leve e faróis de neblina são itens de série e justificam um pouco o (alto) preço de entrada. Acrescente o CD/MP3 player com entrada USB, SD card e Bluetooth, mais o volante multifuncional, e some R$ 850,00 à conta. Bancos revestidos em couro custam R$ 1.720,00; a pintura metálica acrescenta R$ 1.040,00 e a perolizada, R$ 1.550,00.

Foto: Maximiliano Moraes

Ficou difícil fechar a conta? A gente facilita pra você.
A VW Space Cross mecânica “básica” com pintura sólida custa R$ 57.990,00.
Com pintura metálica, R$ 59.030,00.
E com pintura perolizada, R$ 59.540,00.
Já uma Space Cross mecânica completona e com pintura sólida custa R$ 60.560,00.
Com pintura metálica, R$ 61.600,00.
E com pintura perolizada, R$ 62.110,00.
Se você quiser uma Space Cross automatizada “básica” com pintura sólida, precisa desembolsar R$ 60.690,00.
Se preferir com pintura metálica, R$ 61.730,00.
Caso queira pintura perolizada, R$ 62.240,00.
E se quiser levar uma Space Cross automatizada completa com pintura sólida, guarde R$ 63.260,00.
Quer pintura metálica? Reserve R$ 64.300,00.
Ou prefere pintura perolizada? São R$ 64.810,00.

Foto: Maximiliano Moraes

Vá lá, não é pouco dinheiro. Dentro do segmento, porém, é competitivo. A Palio Adventure mecânica básica custa R$ 54.850,00 e a Dualogic, R$ 56.850,00. Porém, nela os retrovisores externos têm controle mecânico, há vidros elétricos só na dianteira e não há nenhum sensor. Completa, com nível semelhante de equipamentos, seu preço sobe para R$ 66.107,00 e ela se torna mais cara que a Space Cross. Já a Escapade tem preço inicial bem mais baixo, R$ 48.790,00, e bom nível de equipamentos de série, ainda que menor que as concorrentes (ar, direção hidráulica, trio elétrico, som e sensor de chuva). Seus únicos opcionais são pintura metálica, airbag duplo e ABS, que somam R$ 4.100,00 à conta.

Se comparado com o das concorrentes, o preço da Space Cross nem parece tão alto. Há poucos opcionais, ou seja, o consumidor leva logo um carro completo desde a versão de entrada. Num primeiro momento a Space Cross parece levar vantagem, mas é preciso ver como ela se sai em outros aspectos.


Foto: Maximiliano Moraes


Carro para teste emprestado pela Catalão Volkswagen

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