Por MARCELO SILVA, via CarPoint News
Fotos: Marcelo Silva
208 GT é principal novidade da linha e traz motor 1.6 THP flex de 173 cv |
O Peugeot 208 tem suma importância para a Peugeot no Brasil. Lançado por aqui em 2013, ele permitiu à marca francesa se redimir com o público brasileiro após deixar de trazer o 207 europeu para o Brasil, mesmo com o sucesso feito pelo 206. Ao pular uma geração, o salto de qualidade do nosso 207 para o 208 foi gritante, e trouxe novos compradores para a marca do leão.
Com 15 anos fabricando no Brasil e um crescimento constante na América Latina, a Peugeot quer crescer também no Brasil, buscando elevar seu market share. Para isso, o 208 tem um papel importante, pois a ideia é vender mais de 1.000 Peugeot 208 por mês, uma meta e tanto. Com a linha 2017 e as novas opções de motores, não deverá ser tão complicado atingir a meta.
Versões de entrada trazem agora motor 1.2 tricilíndrico de 90 cv |
Mas investir no produto não é tudo, a Peugeot conta também com o plano “Acelera Renault”, com foco nas revendas, investindo em mais veículos para test drive, maior cuidado nas revisões e ampliação da rede de concessionárias. Em 4 meses, foram 20 novas lojas abertas em todo o Brasil.
Voltando ao carro, o Peugeot 208 2017 deixa de oferecer o motor 1.5 8V e, em seu lugar, traz o novíssimo 1.2 PureTech de 3 cilindros, que apesar de ser Flex, é importado da França. Mais leve e econômico, o propulsor de 90 cv deu ao Peugeot 208 Active 1.2 o título de carro mais econômico do Brasil, com médias de até 16,9 km/l com gasolina (estrada).
Acabamento interno é bem feito e na versão GT traz revestimento em couro, volante com base achatada e faixa emborrachada no painel |
Outra novidade é o 208 GT, versão esportiva do modelo, que conta com motor 1.6 THP flex de 173 cv e 24,5 kgfm, combinado a uma transmissão manual de seis velocidades. É o mesmo conjunto do 2008 THP e, com o baixo peso do compacto, a diferença de desempenho é considerável. De acordo com a Peugeot, o leãozinho acelera de 0-100 km/h em 7,6 segundos e atinge 220 km/h de velocidade máxima.
Na questão visual, o 208 ganhou nova grade e novo para choque dianteiro, assinatura de LED em todas as versões, novas rodas de liga leve e novas lanternas traseiras com LEDs. Há também uma nova versão Sport, que é a única versão que combina motor 1.6 16V aspirado e câmbio manual de 5 marchas.
Primeira Volta – Fortaleza, CE
Nosso primeiro contato se deu com o Peugeot 208 1.2 Allure, e a impressão foi positiva logo de início. O motor tem funcionamento suave, sem trepidações excessivas e, uma vez exigido, invade muito pouco a cabine com sua sonoridade. É um motor que sobe de giro fácil, e responde bem apenas acima das 3.000 rpm, mas sem empolgar, visto que sua proposta é oferecer economia de combustível.
Foco do motor 1.2 de 3 cilindros é a economia; fábrica garante que será o mais econômico do Brasil |
O carro tem uma solidez muito boa e suas suspensões são bem suaves, filtrando as irregularidades do solo da melhor forma possível para um hatch e mantendo o bom compromisso com a estabilidade, caso exigido nas curvas. Seu nível de equipamentos na versão Allure é bom, com ar-condicionado digital de duas zonas, cruise control, central multimídia, teto de vidro e outros itens.
Acabamento interno bem feito com predominância de tonalidades claras é característica das versões de entrada |
Quanto à proposta original do carro, a economia, a Peugeot fez um concurso entre os jornalistas para ver quem fazia a melhor média de consumo em um trajeto urbano. O vencedor fez 25 km/l de gasolina, enquanto eu consegui 22,2 km/l, com o ar desligado e andando da forma mais econômica quanto foi possível. Realmente o carro faz jus à promessa de economia do motor 1.2 PureTech, mas vamos avaliar melhor suas médias de consumo quando o carro vier para teste em nossa Redação.
Bancos do 208 GT abraçam bem o corpo e são revestidos em mescla de couro e tecido |
Logo em seguida, foi a vez do 208 GT, mas este pôde ser experimentado apenas no autódromo. Com suspensão retrabalhada, rodas aro 17 e pneus de perfil baixo, o 208 GT se mostrou um carro de respostas rápidas e deliciosamente estável em uso normal, mas com tendência forte ao subesterço na pista, típico de um carro cuja maior parte da massa está na frente.
Seu câmbio manual de seis velocidades tem engates rápidos e o giro do motor sobe muito fácil, com todo o seu torque sendo despejado nas rodas dianteiras antes dos 1.500 rpm e se mantendo até além dos 4.000 rpm. Em simulações de retomada feitas no circuito, o 208 GT mostrou que desenvolve velocidade em qualquer marcha e tem força suficiente para qualquer situação do uso diário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário