Texto e fotos: Maximiliano Moraes
Viagem a convite da Toyota
Esta semana, na cidade de Mogi das Cruzes (SP), a Toyota apresentou à imprensa o novo Etios 2017. Quem vê cara não vê motivo para chamá-lo de "novo", mas a verdade é que houve muito mais evolução do que a aparência denuncia: novo painel digital em TFT, opção de câmbio automático para todas as versões e motores mais potentes.
O Etios nunca conquistou pela aparência, mas soube cativar a quem aprecia bom acerto mecânico. Sabendo disso a Toyota promoveu alterações para fisgar não só clientes fiéis à marca com um produto melhor, mas também, digamos, "entusiastas racionais" que ainda não escolheram seu compacto. Algumas ausências imperdoáveis ainda não foram corrigidas, como sensores de estacionamento (nem as versões de topo têm) e ajuste de altura dos cintos de segurança (que depende de modificações estruturais), mas depois de experimentar versões manuais e automáticas com ambos os motores, 1.3 e 1.5, não é exagero afirmar que este é o melhor Etios até aqui.
A Toyota ofereceu versões 1.3 e 1.5 com câmbio manual e automático em 2 formatos de test-drives, curto (15 km) e longo (150 km). Para o curto escolhemos as versões 1.3 X manual e 1.5 XLS automática. O primeiro foi o 1.3, versão mais barata do line-up e, apostamos, uma das que serão mais vendidas. Isto, porque os Etios já não vêm mais tão pelados: esta traz, de série, ar, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo e os obrigatórios ABS e airbag duplo, um bom pacote de entrada.
Mas é ao volante que o comprador certamente se convencerá da compra: o desempenho geral faz a gente pensar que embaixo do capô existe um motor maior do que o 1.3 16v VVT-i de 98 cv. Rodando a 120 km/h o conta-giros marca somente 2.800 rpm! E o ótimo motor não faz vôo-solo. O bom acerto de suspensão, as respostas diretas da direção elétrica e os engates precisos e macios do câmbio manual lembram, em muitos momentos, o feeling de modelos premium, sem qualquer sensação de fragilidade.
Mas é ao volante que o comprador certamente se convencerá da compra: o desempenho geral faz a gente pensar que embaixo do capô existe um motor maior do que o 1.3 16v VVT-i de 98 cv. Rodando a 120 km/h o conta-giros marca somente 2.800 rpm! E o ótimo motor não faz vôo-solo. O bom acerto de suspensão, as respostas diretas da direção elétrica e os engates precisos e macios do câmbio manual lembram, em muitos momentos, o feeling de modelos premium, sem qualquer sensação de fragilidade.
Já o sedan 1.5 automático, que repete os ótimos resultados de dirigibilidade do hatch, oferece, nesta versão, o pacote mais completo da linha e pode trazer, opcionalmente, o novo câmbio automático de 4 marchas. Ao volante ele lembra um mini-Corolla: neutro, firme e, pelo baixo peso, ágil como poucos automáticos. O motor 1.5 16v VVT-i agora rende 107 cv com etanol e faz o sedan deslanchar com agilidade de carro mais potente, assim como ocorre com a versão 1.3.
Como se não bastasse, apostamos que o novo Etios, especialmente na versão XLS com câmbio automático, se torne um dos carros mais vendidos dentre pessoas com limitações de mobilidade. Seus trunfos são bom espaço interno, facilidade de acesso à cabine e porta-malas para acomodar com tranquilidade cadeiras de rodas ou qualquer outro equipamento de auxílio à mobilidade.
Como se não bastasse, apostamos que o novo Etios, especialmente na versão XLS com câmbio automático, se torne um dos carros mais vendidos dentre pessoas com limitações de mobilidade. Seus trunfos são bom espaço interno, facilidade de acesso à cabine e porta-malas para acomodar com tranquilidade cadeiras de rodas ou qualquer outro equipamento de auxílio à mobilidade.
Esta é a versão de base, 1.3 X com câmbio manual de 6 marchas... |
...e esta a de topo, 1.5 XLS com câmbio automático de 4 velocidades |
Falando em vendas, dois motivos nos fizeram escolher a versão 1.3 X automática para o test-drive longo. O primeiro, coisa que só o tempo dirá, é o fato de acreditarmos que esta será uma das versões mais comercializadas de toda a linha, já que se tornou a mais barata com este tipo de câmbio à venda no país: custa R$ 47.490,00. O segundo é - ou era - a dúvida relacionada à junção de um motor pequeno com um câmbio automático sem muita sofisticação técnica - 4 marchas sem opção de trocas manuais.
A 1.3 X com câmbio manual é mais solta, sem dúvida, mas a perda de desempenho não é tão expressiva. Apesar de ter somente 4 marchas a transmissão proporciona agilidade no trânsito e a decisão em acelerar e retomar velocidade superior ao que se espera, outra vez, de um carro com motor com essa cilindrada. O fato de ter marchas longas contribui para a economia quando em velocidade de cruzeiro, e a programação privilegia a agilidade em subidas e ultrapassagens, por exemplo, mantendo a marcha selecionada até quase o limite de corte se preciso.
A 1.3 X com câmbio manual é mais solta, sem dúvida, mas a perda de desempenho não é tão expressiva. Apesar de ter somente 4 marchas a transmissão proporciona agilidade no trânsito e a decisão em acelerar e retomar velocidade superior ao que se espera, outra vez, de um carro com motor com essa cilindrada. O fato de ter marchas longas contribui para a economia quando em velocidade de cruzeiro, e a programação privilegia a agilidade em subidas e ultrapassagens, por exemplo, mantendo a marcha selecionada até quase o limite de corte se preciso.
Impressionante. Por hora, não existe palavra que defina melhor o comportamento e as mudanças do Etios 2017. O visual externo ainda carece de melhoras, mas o novo painel deu agora à cabine uma aparência mais jovial e com maior sensação de valor agregado. O powertrain, por outro lado, entrega um dos melhores compromissos entre desempenho e dirigibilidade dentre todos os compactos de nosso mercado. Continua racional, mas ganhou as pitadas de emoção que muita gente esperava.
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