sexta-feira, 26 de julho de 2013

JAC J5 NA CAPITAL



JAC J5 no Parque Sarah Kubitschek

Mesmo numa cidade com 350 mil habitantes é possível que certos hábitos não mudem tão facilmente. Coisa de interior. Em Anápolis, é comum enfrentar motoristas dirigindo a 30 ou 40 km/h, em ambas as faixas, em vias de 40, 60 ou 80, tanto faz. O outro lado da moeda são as várias obras na cidade para melhorar o trânsito, que criaram inúmeros buracos e desvios. Pelo menos o prefeito de lá tem uma visão mais cosmopolita. Assim, sendo obrigado a andar grande parte do tempo em segunda e terceira marchas, a consequência foi o consumo alto. Nem o bate-e-volta que o J5 fez até Brasília conseguiu amenizar a média de 9,29 km/l enquanto estivemos em Goiás.

JAC J5 em frente à Torre de TV

Desabafos à parte, esta viagem tem destacado alguns aspectos bem positivos do JAC J5, bem como confirmado seus defeitos. O conforto de rodagem é uma das coisas mais elogiáveis no sedã, antes criticado por ter suspensão superdimensionada. O ambiente interno também é bem agradável e, a despeito das críticas em relação aos plásticos, não há sedãs no segmento que também não os usem extensivamente; pelo menos o J5 agrega requinte com couro no volante e portas, mais as aplicações de black piano. Falar do design já é lugar comum: ele é um dos mais bonitos à venda. Do grande espaço interno, também. E se o retrovisor interno não é dos melhores, com um sistema anti-ofuscante que obriga o motorista a reajustá-lo toda vez que é acionado e ainda uma certa limitação na visibilidade traseira, os enormes retrovisores externos amenizam isso.


JAC J5 na Esplanada dos Ministérios

Mas isso não mascara a falta de qualidade na montagem do carro, coisa que se percebe pelo desalinhamento da porta traseira direita, das diferenças nos vãos entre portas e carroceria e a grande dificuldade para fechar o porta-malas. E se isso não atrapalha a dirigibilidade, a pouca força do motor, sim. Indo até Brasília a falta de amaciamento se fez sentir ainda mais, já que há muito mais curvas e subidas no trecho. Mesmo reduzindo, as retomadas - especialmente com o ar ligado - foram lentas. E na volta até Campinas, com o carro lotado, isso só não foi tão sentido porque há predominância de retas e a estrada, à noite, estava praticamente vazia.



JAC J5 com a Catedral Metropolitana ao fundo

O consumo, pelo menos, melhorou: a média foi de 12,22 km/l de gasolina. Um pouco pior que na ida, mas com 2 adultos, 3 crianças e um porta-malas onde nem ar conseguia entrar, é compreensível o aumento. E nada mal, considerando a velocidade predominante de 120 km/h até o primeiro abastecimento, na cidade de Uberlândia. A exceção foi o irritante trecho da BR 153 (rodovia federal) com cerca de 50 km de extensão e passando por Goiânia, onde você é obrigado a andar a 80 km/h - e às vezes a 40 - graças aos milhões de radares. Perímetros urbanos costumam ter velocidade permitida de 90 km/h.



JAC J5 na Praça dos Três Poderes, com o Panteão da Pátria e da Liberdade ao fundo

Interessante, como aconteceu no J3 Turin que testamos ano passado, foi que o ponteiro de combustível deixou de marcar corretamente o tanque cheio em Uberlândia, voltando ao normal alguns quilômetros à frente. Surgiu também um barulho na parte superior do painel e a direção, depois de cerca de 3 mil quilômetros rodados até agora, começou a puxar ligeiramente para a direita. Mas há que se destacar o sempre excelente atendimento das concessionárias JAC Motors. Levei o carro para a primeira revisão obrigatória e gratuita, onde óleo do motor e do câmbio, mais o filtro de óleo e a arruela do dreno de vedação do cárter foram trocados. Falei sobre a direção, sabendo que alinhamento não é previsto para esta revisão. Ok, o carro é da frota de imprensa da JAC Motors. Mas ele não precisava incluir alinhamento e balanceamento de rodas, e mesmo assim o fez. Agora o J5 está prontinho para a próxima viagem, até o litoral de São Paulo. Sujo de dar dó, mas com o frio e a chuva que caem no estado nestes dias, não faz sentido lavar.


JAC J5 e o Congresso Nacional

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