terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

FIAT BRAVO ESSENCE E.torQ 1.8 16v





Um amigo meu queria comprar um hatch médio. Pesquisou durante meses. Ficamos em contato durante todo este tempo, onde esclareci todas as dúvidas que pude em relação a todos os modelos cotados. Finalmente, ele chegou à conclusão que a melhor escolha era o Ford Focus Hatch GLX 2.0. Mas a decisão não foi tão fácil assim: durante um bom tempo ele se viu extremamente tentado a levar o novo Fiat Bravo, que tem tantos atrativos quanto o modelo da Ford. Então, por que o hatch mineiro foi deixado de lado?





Como outros carros deste segmento, basta ter dinheiro para recheá-lo com equipamentos eletrônicos, de conveniência, conforto e segurança. Mas com preço inicial tabelado em R$ 55.480,00, o Bravo já vem bem equipado e não deixa a desejar. Ar condicionado, direção elétrica, airbag duplo, CD/MP3, travas, retrovisores e vidros (nas 4 portas) elétricos, rodas de alumínio com aro de 16 polegadas, volante e banco do motorista reguláveis, piloto automático, computador de bordo, faróis de neblina direcionáveis e um monte de porta-objetos estão lá. Mas, ok, ninguém leva um carro com airbag e sem ABS. E a visibilidade traseira não é das melhores. Ponha na conta, então, mais um dinheirinho e considere um Bravo “de entrada” com ABS e sensor de estacionamento traseiro por R$ 56.896,00. Vale?




Para começar, o hatch da Fiat, que é bonito e atual por fora, é muito bem acabado por dentro. As texturas, especialmente do painel, lembram o acabamento de carros europeus – e era essa a intenção da marca ítalo-brasileira. O layout é bonito, a ergonomia é muito boa e a posição de dirigir, idem. Mesmo motoristas mais altos (e largos) não vão achar difícil encontrar o ponto certo com as regulagens de altura e distância do volante, mais a de altura do banco. Atrás, com os bancos dianteiros totalmente recuados, o espaço não é tão bom assim, especialmente para quem tem mais que 1,80 m de altura. Mas há de se pensar que grande parte dos motoristas brasileiros não têm estaturas tão avantajadas e podem andar com os bancos um pouco mais para a frente, liberando espaço para passageiros. O portamalas tem 400 litros declarados (356 aferidos), com grande abertura da tampa, porém com vão um pouco estreito e boca alta. Mesmo assim, não foge muito à média da concorrência. Some a isso todos os itens de comodidade e segurança deste Fiat, e quem andar nele não vai se sentir mal.




Em segundo lugar, por mais que se diga que o Focus é o carro a ser batido quanto à dirigibilidade (e é verdade), o motorista comum não vai perceber a diferença quando andar no Bravo. Mesmo aproveitando a plataforma e as soluções de suspensão do Stilo, ele é confortável e equilibrado ao mesmo tempo. As curvas são feitas com competência e a buraqueira do asfalto, ainda que percebida, não vai incomodar tanto. Para a versão brasileira, a suspensão foi um pouco elevada e isso pode causar estranheza nesta versão, que conta com rodas com aro 16 – por incrível que pareça, pequenas para o porte do carro. Em contrapartida, isso acaba gerando mais conforto de rodagem, considerando a má qualidade de nosso piso. Claro, quem quiser pode optar por rodas maiores, aro 17 nas versões Essence ou Absolute e 18 na TJet.




O desempenho também agrada. Ele é pesado (1.360 kg), mas o motor 1.8 16v E.torQ, com até 132 cv e 18,9 kgfm de torque, é competente, com performance no meio-termo entre as versões 2.0 e 1.6 do Focus. A suavidade de funcionamento surpreende, mesmo com o ronco levemente esportivo em acelerações. Só o consumo poderia ser melhor: 6 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada, com álcool, é pouco. Os 58 litros do tanque não são suficientes para fazer o Bravo ir de São Paulo a Belo Horizonte sem abastecer. Outro revés é a garantia menor que a da concorrência: são 2 anos de cobertura, contra 3 do Focus e 5 do i30.




Mesmo assim, há muito mais qualidades que defeitos neste Fiat. Tínhamos 2 perguntas a responder, e a resposta à segunda delas é: o Bravo vale, sim, o que custa. E quanto à primeira pergunta? Por que a escolha do meu amigo recaiu no Focus, e não no Bravo? Simples: porque em quase tudo em que o Bravo é bom, o Focus é ligeiramente melhor. Até no preço, já que, na compra do Focus, meu amigo conseguiu um bom desconto – coisa que é praticamente impossível de se obter quando se trata de carros recém-lançados.

3 comentários:

  1. Tendo em vista esta escolha acho, muito inteligente, porém o ford focus mudará no final de 2012 ou no primeiro trimestre de 2013, então a melhor opção seria o bravo. Todos os modelos da ford serão lançamentos globais, assim como a maioria das montadoras estam fazendo agora, exemplos edge, new fiesta sedan e hatch, cruze, captiva, fusion, malibu, jetta... dentre outros... assim como o bravo que é um lançamento mundial atrasado para nós mas é o mesmo modelo europeu, esta aí uma justificativa plausível e totalmente relevante na hora de compara um hatch médio.

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  2. Acabei de adquirir um Bravo, e com certeza o acabamento interno e externo são exelentes, o motor despença comentarios tem uma grande pegada. O problema do Focus que será lançado um novo modelo totalmente diferente do atual, e por esse motivo o que sai barato na compra será ainda mais barato na venda, pois imaginem voce dirigindo um carro novo de modelo velho. Como a Peugeot que até final do ano vendeu o 307 e agora substituiu pelo 308, quem comprou ano passado perdeu muito. Conselho, fiquem atentos com os lançamentos para poder fazer um bom negócio.

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  3. Pena que o Bravo perdeu( ou deixou de ter tração e esp) eu considero isso importante em uma compra, ahhh cambio de seis marchas tb...no mais a sua opinião é esclarecedora..

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