Este é o anúncio da marca, mas as concessionárias parecem ter informações diferentes. De acordo com um vendedor da concessionária autorizada JAC na Av. Carlos Luz, em Belo Horizonte, o sedã J5 terá sua pré-venda iniciada em março, mas não há previsão para a chegada do modelo nas lojas nem mesmo para test-drives. O preço anunciado de R$ 53.900,00 também não foi confirmado.
Se vier realmente por este valor, porém, o JAC J5 poderá ser uma pedra no sapato da concorrência. Recheado de equipamentos como todo chinês, ele traz ar condicionado digital, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, rádio integrado ao painel com CD/MP3 player, entrada auxiliar e conexão Bluetooth (sem comandos no volante, o que é uma pena), airbag duplo e ABS, além de rodas de liga leve de 16 (série) ou 17 polegadas (opcionais), bancos revestidos em couro (opcionais) e faróis de neblina. O acabamento é melhor do que o encontrado em outros sedãs chineses, com boas texturas no painel, revestimentos de boa qualidade e, ao que tudo indica, boa qualidade construtiva: as portas fecham com facilidade e baixo ruído, os vãos são regulares e pouco espaçados, e as chapas são bem alinhadas.
Com dimensões de sedã médio (4,59 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,46 m de altura, 2,71 m de entre-eixos, porta-malas de 460 litros), o JAC J5 vai encarar não só esses, mas também os sedãs chamados "premium" (Honda City, VW Polo, Ford New Fiesta, Novo Fiat Siena), menores em tamanho mas semelhantes no preço. Seu motor, aliás, tem especificações mais próximas às dos premium: 1.5 16v VVT, ele gera 125 cv a 6.000 rpm e 15,5 kgfm de torque a 4.000 rpm. Apesar da grande potência para um 1.5, o torque parece ser pouco, o que somente um teste dinâmico poderá comprovar. O sedã também perde pontos por ser movido a gasolina e vir com câmbio somente manual (5 marchas), num mercado onde praticamente todos são flex e têm versões automáticas ou automatizadas. Só o mercado dirá se isso realmente faz diferença.
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