Ontem, 4 de dezembro, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tornou oficial a resolução que altera o sistema de placas para automóveis novos no Brasil, segundo o padrão que será adotado em outros 4 países que fazem parte do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela).
O novo sistema, com 450 milhões de combinações - o atual, com 175 milhões, expiraria em 2030 -, prevê a utilização de 7 caracteres alfanuméricos, sendo 4 letras e 3 números (em vez das atuais 3 letras e 4 números) dispostos aleatoriamente. Isso permite, inclusive, que a placa termine com uma letra, o que obrigará os órgãos de trânsito a reverem as normas para imposição do rodízio.
Além da padronização com o Mercosul, o foco do novo sistema, similar ao que existe na União Europeia, é a segurança. Novos elementos dificultam a clonagem e preveem a integração de banco de dados dos cinco países, com controle mais rigoroso do transporte de cargas, passageiros e de carros particulares entre as fronteiras. As novas placas terão uma tarja azul na parte superior com o logotipo do Mercosul à esquerda, o nome do país ao centro e sua respectiva bandeira à direita. Para o Brasil haverá ainda, à esquerda e abaixo da faixa azul, uma tira holográfica ao lado de um código bidimensional com a identificação do fabricante, data de fabricação e número serial da placa, e à direita, a bandeira e o brasão do estado e município de registro.
Os fundos das placas também perderão a diferenciação de cores, sendo sempre brancas. O que muda, de acordo com a categoria, é a cor da fonte: preta para particulares, vermelha para comerciais ou auto-escolas, azul para oficiais, verde para veículos de teste, dourada para o corpo diplomático e prateada para veículos de colecionador.
Todos os carros emplacados a partir de 1º de janeiro de 2016, bem como aqueles que solicitarem troca de município e transferência de categoria, deverão usar o novo modelo de placa. Os valores de emplacamento, segundo o Contran, serão mantidos, mas a partir de 2016 somente empresas credenciadas pelo Denatran receberão autorização para produzir as chapas - hoje qualquer empresa pode produzir as chapas semiacabadas. Os veículos já emplacados nos 5 países segundo os sistemas antigos poderão continuar rodando normalmente com as placas antigas ou trocar pelas novas opcionalmente.
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