quarta-feira, 25 de março de 2015

MANUAL DE COMPRA - CHEVROLET OMEGA (NACIONAL)


Por Pedro Ivo Faro




É possível ter um carro com tamanho, desempenho, conforto e nível de equipamentos de carro de luxo sem causar um rombo no orçamento? É sim, e uma excelente resposta para isso pode se chamar Chevrolet Omega. Feito em duas “gerações”, uma nacional e a outra importada da Austrália, o sedã tem oferta para todos os gostos. Aqui, vamos focar primeiro no nacional, que tem conforto e equipamentos de carros mais caros atualmente sem custar muito.


COMO UM VINHO

Antes de qualquer coisa, vale lembrar, o Omega nacional saiu de linha em 1998, então estamos falando de um carro com pelo menos 16 anos. Mas a contrapartida é que ele tem uma robustez mecânica e uma durabilidade que poucos carros conseguem ter. Além disso, com um pouco de procura, não é difícil achar um “carro de garagem”, daqueles que rodaram pouco.

SUPEREQUIPADO

Como todo bom carro de luxo que se preze, o Omega tem uma lista farta de equipamentos. Nela constam itens como ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, computador de bordo, freios ABS, alarme de fábrica, rodas de liga leve e até porta-luvas aquecido e painel digital(!) na versão CD, a mais completa . Nos primeiros modelos (1992 até 1994) é possível encontrar até cortinas elétricas no vidro traseiro. Posteriormente, até um discreto aerofólio traseiro, lanternas fumê e apliques de madeira no console e nas portas seriam vistos.

DESEMPENHO

O Omega teve excelentes motores. Opte pelos seis cilindros, sendo que houve dois. O primeiro, de origem alemã, era um 3.0 com 165 cv, enquanto que posteriormente foi adotado o 4.1 do Opala, mas aprimorado para render 168 cv. Em ambos os casos, há acelerações vigorosas (com máximas de mais de 200 km/h). A contrapartida fica no consumo, na casa dos 6 km/l na cidade. 


QUANDO FUGIR

Houve versões mais básicas, em especial as GL e GLS, ambas com motor 2.0 do Monza ou 2.2. Fuja das GL 2.0, que vinham despidas da maioria dos equipamentos de luxo do carro. O quadro melhora um pouco nos 2.2, mas, ainda assim, são mais preferíveis os propulsores de seis cilindros.

AUTOMÁTICO

Carro de luxo e câmbio automático são quase como o Brasil e o futebol. E, com o Omega, não é diferente. Achar um automático não é tarefa difícil. E, se achar, saiba que ele pode valer até 10% a mais no mercado. De quebra, leva-se o conforto sem sacrificar tanto o ótimo desempenho do carro.

FIQUE DE OLHO

Justamente por ser um sedã que saiu de linha há algum tempo, o Omega merece olho vivo em alguns aspectos.

- Nos modelos manuais, cheque os engates das marchas: se houver alguma marcha sem querer entrar, se não há trancos ou se a embreagem não está patinando.
- Dê uma volta em piso irregular e ouça se há algum barulho no painel ou na suspensão, que pode estar com as buchas cansadas.
- Nos automáticos, uma dica: coloque o câmbio em “D”, pise no freio com o pé esquerdo e acelere com o direito. Se o motor não passar das 3.000 rpm, está tudo em ordem. Caso contrário, é um tiro no pé. Há um problema no conversor de torque (ou, como dizem os mecânicos, o câmbio está “patinando”), e o reparo – ou substituição – custa uma nota preta, pra lá de cinco mil reais.

PREÇOS

A alegria vem aqui. Um dos últimos CD, ano 1998, com uma lista de equipamentos para fazer frente a qualquer sedã médio nacional bem-equipado, sai por R$ 18 mil. Com um pouco de procura, é capaz de se encontrar um de primeiro dono e pouco rodado. Boa sorte!

Um comentário:

  1. Possuo um 1993 GLS 2.0 álcool com 190.000
    E completo como os CDs (menos couro) possui ate desembassador de retrovisor. Manutenção muito menor que um 6 cilindros e muito mais econômico. E não fica longe não os 2.0 andam muito e passam dos 200 com facilidade

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