Reportagem: Maximiliano Moraes
Fotos: Divulgação
Quando o Nissan Kicks chegou ao Brasil ano passado ele veio em versão única, SL, e ganhou uma série especial de lançamento inspirada nos Jogos Olímpicos (Rio 2016). Depois ele ganhou uma nova versão, SV, mais em conta e ainda com bom custo x benefício. Mas o line-up se limitava a isso.
Fotos: Divulgação
Nissan Kicks S CVT |
Quando o Nissan Kicks chegou ao Brasil ano passado ele veio em versão única, SL, e ganhou uma série especial de lançamento inspirada nos Jogos Olímpicos (Rio 2016). Depois ele ganhou uma nova versão, SV, mais em conta e ainda com bom custo x benefício. Mas o line-up se limitava a isso.
Agora o Kicks é fabricado no Brasil. A linha está muito mais completa e diversificada, com versão exclusiva para PcD e frotistas (com câmbio CVT) e uma versão com câmbio manual. Mas para o comprador comum que ainda busca um SUV compacto com câmbio CVT na Nissan a opção mais em conta é a S, que traz alguns itens a mais em relação à mesma versão com câmbio manual, enquanto a versão de topo continua a SL, que ficou mais cara mas ganhou importantes equipamentos de segurança.
A questão é que são duas faixas de preço muito distintas, uma para quem tem até R$ 80 mil e outra para quem tem um pouco mais, até R$ 100 mil disponíveis. Considerando o que cada versão apresenta e seu preço final ao consumidor, qual das duas traz o melhor custo x benefício?
Nissan Kicks S CVT
Por fora as principais diferenças estão nas rodas de liga com aro de 16 polegadas, as mesmas usadas no Versa Unique, e na ausência de faróis de neblina, frisos metalizados na parte inferior da carroceria, maçanetas cromadas e repetidores de seta nas carcaças dos retrovisores. Mas a unidade que testamos veio equipada com barras de teto e cobertura plástica para o piso do porta-malas, muito útil para carregar volumes úmidos, coisas que acabaram de sair da praia ou o cachorro, por exemplo. São acessórios que podem ser comprados em qualquer concessionária da marca.
Dentro a gente vê um ambiente mais simples que na SL, mas não tão espartano. A qualidade de montagem continua muito boa, sem vãos, rebarbas ou materiais ruins. Tem plástico pra todo lado, é fato, mas tudo tem boa aparência e textura. A faixa central do painel, que na versão de topo é coberta com couro, nesta é feita de plástico texturizado com aparência metalizada, num resultado bastante interessante. Na mesma moldura que comporta a central multimídia na SL está um rádio bem mais simples, mas com botões muito visíveis e intuitivos, além de possibilidade de pareamento de celular via Bluetooth - há comandos no volante.
Painel da versão S CVT é simplificado, com conta-giros analógico e rádio no lugar da central multimídia |
Os bancos são revestidos de tecido também com boa aparência, textura e grafismos, e estes contam ainda com a tecnologia Zero Gravity, que torna o Kicks um dos mais confortáveis para longas viagens. Há tecido ainda nas portas, ainda que numa porção pequena, e os 3 ocupantes do banco traseiro, que tem Isofix, contam com encostos de cabeça e cintos de segurança de 3 pontos.
Há outros itens de segurança importantes da lista de equipamentos de série. Além do que é obrigatório por lei (airbag duplo e ABS, que tem distribuição eletrônica de frenagem no Kicks), este Nissan traz controles de tração e estabilidade, além de assistente de partidas em rampas. Fora isso são também de série ar condicionado analógico, computador de bordo, comandos elétricos para os retrovisores externos e os 4 vidros - só o do motorista tem one-touch e só para descer -, direção com assistência elétrica, ajuste de altura e distância da coluna de direção, ajuste de altura do banco do motorista e alarme com acionamento pela chave-canivete. O preço sugerido no site é de R$ 79.200,00 sem pintura metálica ou, na cor do que avaliamos (Branco Diamond, metálica), R$ 80.550,00.
Nissan Kicks SL CVT
As diferenças externas da versão SL para a S nem são tantas assim. As rodas têm desenho diferente e aro de 17 polegadas, há faróis de neblina na frente, apliques metalizados e maçanetas cromadas nas laterais, repetidores de seta nos retrovisores e, no carro que testamos, pintura em 2 tons (só disponível para a versão de topo). É dentro do carro que percebemos as maiores mudanças.
Para começar a unidade avaliada veio com revestimento no padrão Sand, ou creme. Bancos, um pedaço das portas e toda a faixa central do painel são revestidos com couro desta cor. A alavanca de câmbio, ao lado da qual fica o botão de partida - o Kicks SL tem chave presencial em vez do canivete da S -, tem moldura em preto brilhante da mesma forma que as molduras dos difusores de ar. O volante é revestido em couro preto, o ar condicionado é automático digital, no lugar do rádio há a tela da central multimídia com botões nas laterais e no painel, em vez do conta-giros analógico da versão S, encontramos uma tela TFT com informações sobre os modos de condução do Controle Dinâmico de Chassi, assistente de condução econômica, bússola, velocímetro digital e uma simulação de conta-giros analógico.
Há outras diferenças também. Os vidros elétricos têm one-touch para todos. O sistema de áudio tem equalizador com várias faixas de equalização ajustáveis pela tela da central multimídia, enquanto o rádio da versão S conta só com ajustes simples de graves, médios e agudos. Na mesma tela podemos acessar também o GPS e imagens da câmera de ré, além do auxílio da câmera 360º, exclusiva no segmento assim como o alerta de colisão com assistente de frenagem de emergência (opcional), e o já citado Controle Dinâmico de Chassi. O Nissan Kicks SL tem preço sugerido de R$ 94.900,00, mas com os opcionais do carro avaliado - pintura em 2 cores, interior Sand e Pack Tech, o preço chega a R$ 100.650,00.
Desempenho
Com mesmo motor e transmissão, ambos poderiam ter desempenho muito parecido. Mas enquanto um é mais solto, o outro é mais estável. A suspensão do Kicks pende para o conforto, mas sem o Controle Dinâmico de Chassi a carroceria na versão S inclina mais, além de se mostrar ligeiramente menos tolerante a curvas fechadas. Por outro lado, como é um pouquinho mais leve (1.129 kg contra 1.142 da SL), ele deslancha mais rápido que a versão de topo, o que lhe dá um pouco de vantagem no trânsito urbano.
Já a versão SL, cheia de eletrônica, com couro, rodas maiores e alguns equipamentos a mais, perde por pouco na comparação de desempenho, mas faz curvas como nenhum outro SUV de seu segmento. O Controle de Chassi quase cancela a inclinação da carroceria e dá ao motorista uma confiança que precisa ser controlada pra não se tornar excessiva - ele não é esportivo, lembremos. Em ambos a direção com assistência elétrica ganha peso correto em velocidade e é suficientemente leve em manobras, mas a pega é melhor também na versão SL, cujo volante é revestido em couro.
Conclusão
Pode parecer marmelada, mas acredite, não é. Levando em consideração o tipo de público que hoje compra um SUV compacto nas duas faixas de preço, o Nissan Kicks acaba sendo uma das melhores opções até R$ 80 mil e a melhor de todas com preço até R$ 100 mil reais.
Na faixa dos 80 há modelos com mais equipamentos de série ou mais potentes, mas nenhum que reúna, como o Kicks S, as principais qualidades de um carro deste segmento segundo o que os compradores mais procuram: espaço, praticidade, lista de equipamentos de série condizente com o preço, boa dirigibilidade, economia de combustível e facilidade de manutenção. O caso do Kicks SL é parecido, mas com o acréscimo de ter em sua mira compradores que querem mais tecnologia, mais conforto e uma dose de luxo a bordo. Tudo isso por preço inferior ao da concorrência e com itens exclusivos, como o próprio controle de chassi, o assistente de frenagem de emergência e a câmera 360º.
Em resumo, a gente recomenda os dois. Em ambas as faixas de preço o comprador de um Nissan Kicks vai estar bem servido e satisfeito.
Kicks S é mais leve, portanto mais solto em acelerações |
Com mesmo motor e transmissão, ambos poderiam ter desempenho muito parecido. Mas enquanto um é mais solto, o outro é mais estável. A suspensão do Kicks pende para o conforto, mas sem o Controle Dinâmico de Chassi a carroceria na versão S inclina mais, além de se mostrar ligeiramente menos tolerante a curvas fechadas. Por outro lado, como é um pouquinho mais leve (1.129 kg contra 1.142 da SL), ele deslancha mais rápido que a versão de topo, o que lhe dá um pouco de vantagem no trânsito urbano.
Já a versão SL, cheia de eletrônica, com couro, rodas maiores e alguns equipamentos a mais, perde por pouco na comparação de desempenho, mas faz curvas como nenhum outro SUV de seu segmento. O Controle de Chassi quase cancela a inclinação da carroceria e dá ao motorista uma confiança que precisa ser controlada pra não se tornar excessiva - ele não é esportivo, lembremos. Em ambos a direção com assistência elétrica ganha peso correto em velocidade e é suficientemente leve em manobras, mas a pega é melhor também na versão SL, cujo volante é revestido em couro.
Conclusão
Kicks SL é mais estável porque conta com Controle Dinâmico de Chassi |
Pode parecer marmelada, mas acredite, não é. Levando em consideração o tipo de público que hoje compra um SUV compacto nas duas faixas de preço, o Nissan Kicks acaba sendo uma das melhores opções até R$ 80 mil e a melhor de todas com preço até R$ 100 mil reais.
Na faixa dos 80 há modelos com mais equipamentos de série ou mais potentes, mas nenhum que reúna, como o Kicks S, as principais qualidades de um carro deste segmento segundo o que os compradores mais procuram: espaço, praticidade, lista de equipamentos de série condizente com o preço, boa dirigibilidade, economia de combustível e facilidade de manutenção. O caso do Kicks SL é parecido, mas com o acréscimo de ter em sua mira compradores que querem mais tecnologia, mais conforto e uma dose de luxo a bordo. Tudo isso por preço inferior ao da concorrência e com itens exclusivos, como o próprio controle de chassi, o assistente de frenagem de emergência e a câmera 360º.
Em resumo, a gente recomenda os dois. Em ambas as faixas de preço o comprador de um Nissan Kicks vai estar bem servido e satisfeito.
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