quarta-feira, 16 de abril de 2014

O CONSÓRCIO NO BRASIL


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A concorrência no mercado de automóveis no Brasil ganhou grandes proporções nas últimas décadas. Parte desse crescimento contínuo foi promovido pelo desejo de compra do carro 0 km; a estabilização da moeda gerou novas possibilidades para este fim, tanto através de consórcios de carros quanto financiamentos do valor do veículo.

Com a segurança do valor fixo das mensalidades, a compra do carro novo se tornou possível também para as classes mais baixas. Apesar dos juros embutidos nas parcelas, no caso dos financiamentos, a certeza de que os valores são fixos cedem ao cliente tranquilidade e confiança, viabilizando a compra. No caso do consórcio, a ausência de juros é uma vantagem para quem opta por esta modalidade.

Houve desaceleração do mercado em 2013, de acordo com a Fenabrave. A compra dos carros importados caiu 10,3%, mas o mercado nacional cresceu 1,5% em relação ao ano anterior.

O crescimento contínuo dos consórcios no Brasil

O consórcio surgiu no Brasil ainda no começo da década de 60, inicialmente vendido por funcionários de um banco estatal. Na época, a ausência de oferta de crédito para o consumidor foi a principal razão que levou os precursores a desenvolverem essa modalidade de compra. Apesar de hoje haver a possibilidade de consórcio para muitos diferentes produtos - é possível participar dessa modalidade para a compra de motocicletas, imóveis, aparelhos eletrônicos e até tratores e máquinas agrícolas -, sua origem está intimamente ligada ao fortalecimento da indústria automobilística no Brasil.

Em 1967, por exemplo, a carteira da Willys Overland do Brasil contava com 55 mil consorciados. Em 1979 a entrada de eletroeletrônicos na lista de bens que podiam ser adquiridos via consórcio foi um grande impulso para os negócios. Na conjuntura atual estima-se que 3,9 milhões de consorciados movimentem aproximadamente 34 bilhões de reais anualmente e esses valores refletem 1% do PIB do Brasil, de acordo com Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC).

Através do Banco Central, que acumula as funções de fiscalização e normatização das atividades dos grupos de consorciados, é possível verificar a idoneidade da administradora de consórcio antes de escolher essa opção. Apesar do brasileiro optar mais pelo financiamento, a busca pelo consórcio se mantém como operação confiável para adquirir um bem. Associações e organizações de consorciados realizam frequentemente encontros e palestras para esclarecer tópicos relevantes, inclusive todas as regras que permeiam a entrada e participação de uma pessoa nesse mercado.

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