quinta-feira, 12 de maio de 2016

TOYOTA ETIOS XLS MANUAL 2017 - AVALIAÇÃO


Por Maximiliano Moraes (texto e fotos)
Veja AQUI o vídeo-review sobre o Etios 2017

Mudanças mínimas por fora: novas rodas e antena de teto mais curta

Há pouco menos de 1 mês a Toyota apresentou à imprensa as novidades do compacto Etios para 2017. Não foram poucas: hatch e sedã receberam motores mais potentes e agora fabricados na nova planta de Porto Feliz (SP), novo painel digital e opção de câmbio automático para todas as versões, que agora somam 14. Lá dirigimos as versões hatch 1.3 manual e automática, além da sedã 1.5 automática. Mas a versão que promete mais diversão ao volante certamente é a hatch 1.5 XLS manual, que trouxemos para avaliar por uma semana.


O Etios, que recebeu mínimas mudanças estéticas por fora - novas rodas e uma antena mais curta -, continua sendo um carro para conquistar ao volante, no convívio. Na ocasião da apresentação da linha 2017 o CEO da marca na América Latina enfatizou o esforço da Toyota para resolver os problemas apontados pela imprensa e pelos consumidores desde o lançamento do modelo no país. Ainda que discordemos de algumas afirmações é possível afirmar com muita convicção: a mecânica está melhor do que nunca e o novo painel deu ares de modernidade ao interior do carro, ainda que permaneça no lugar errado.

Destaques na cabine são o novo painel digital e o volante multifuncional revestido em couro

Espaçoso para seu porte, o Etios transporta com conforto 4 ocupantes, ou 5 se entrar uma criança. Todos contam com apoios de cabeça e cintos de segurança de 3 pontos, e o banco traseiro agora traz sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis. Mais completa da linha, a versão XLS traz ar condicionado, direção elétrica, trio elétrico, alarme e ainda faróis de neblina, rodas de liga leve, revestimento interno padrão couro, volante multifuncional, sistema de áudio com tela touch, Bluetooth e entradas auxiliares, e computador de bordo. Ausências como sensores de estacionamento, GPS, câmera de ré, ajuste de altura dos cintos de segurança e de profundidade da coluna de direção são sentidas, mas o que falta em equipamentos sobra em dirigibilidade.

Motor 1.5 16v VVT-i flex rende 107 cv e é fabricado agora no Brasil

O melhor acerto mecânico do segmento é, sem dúvida, do Etios. Com uma suspensão um pouco mais dura e um câmbio mais curto (além, claro, de uma mexida bem grande no visual) ele poderia tranquilamente ser o melhor "esportivado" do país, se a Toyota quisesse. A agilidade da direção elétrica não pega a suspensão desprevenida, que sempre responde com excelente compromisso entre suavidade e apoio em curvas, sem qualquer sobra. O motor mostrou que os cavalos extras - agora são 107 para o motor 1.5 16v VVT-i - caíram como uma luva e o Etios, que já era ágil, ficou ainda mais esperto.

Contribuem ainda para isso o baixo peso - são só 965 kg para a cavalaria empurrar- e o novo câmbio manual de 6 marchas. O escalonamento é tão bom que, por um lado, permite ao hatch rodar a 120 km/h com pouco mais de 2.500 rpm e conseguir média de consumo superior aos 12 km/l de etanol na estrada, e por outro garante acelerações e retomadas parelhas ou até superiores às que a maioria dos modelos 1.6 do mercado conseguem. 

Versão hatch XLS 1.5 tem desempenho exemplar e o melhor acerto mecânico do segmento

As dimensões das 2 telas de TFT do painel digital são inversamente proporcionais ao seu efeito na cabine. Vá lá, ainda falta um acabamento mais esmerado e plásticos melhores ao redor, mas aquele ar emergente "corta-custo" foi drasticamente reduzido. À esquerda enxerga-se velocímetro, marcador de combustível e a escala de auxílio à condução econômica, e à direita a tela pode mostrar o conta-giros, dados diversos do computador de bordo e até um marcador de preço de combustível para cálculo de gastos numa viagem, tudo com operação bem simples por meio de botões no volante.


O Etios 2017 impressiona. Antes produto para o consumidor racional, hoje ele consegue atender bem desde o que quer mobilidade urbana com conforto e economia até o entusiasta que espera pitadas de esportividade, da família grande com orçamento apertado até o que tem mobilidade reduzida e está cansado de ter que escolher entre modelos automáticos apertados ou SUVs com preço no limite da lei. Diz a Toyota que, em pesquisas, apenas 9% dos entrevistados deixariam de comprá-lo por causa do design, ou seja, há quem goste ou quem não se importe. Mas as mudanças o deixaram bem melhor no que realmente importa e, com isso, seu custo x benefício se tornou ainda melhor. 

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