quarta-feira, 7 de junho de 2017

CHEVROLET S10 LTZ 2.5 FLEX AUTOMÁTICA - AVALIAÇÃO


Reportagem: Maximiliano Moraes
Fotos: Mahatma Torres / Rodrigo Fernandes
Veja AQUI o vídeo de avaliação


Sem novidades no visual, a linha S10 ganhou um reforço mais que necessário para enfrentar a arquirrival Hilux: a versão 2.5 Flex recebeu câmbio automático de 6 marchas com opção de trocas sequenciais pela alavanca. A novidade, mais do que um acréscimo no line-up, dá à picape não só uma das melhores (senão a melhor) relações custo x benefício do segmento como também a torna boa opção, pasme, até para quem pensava em comprar um SUV médio.



A atualização de linhas ocorrida ano passado rejuvenesceu a S10 por fora e ainda mais por dentro. Se a traseira mudou pouco, a dianteira é toda nova. Com a versão Flex automática a GM inaugurou na linha a nova disposição de nomenclatura na carroceria, com o nome da picape na lateral e à esquerda da tampa traseira, e a versão à direita desta. Na cabine, o painel também mudou por completo e ficou mais bem acabado. Há ainda mais equipamentos de série, tanto voltados ao conforto e conveniência quanto à segurança. 


Os destaques da versão LTZ que avaliamos vão para os controles de tração e estabilidade, o auxílio de partida em rampas, o controle de descida, o aviso sonoro de mudança de faixa e outro aviso sonoro, com direito a luzes vermelhas projetadas no para-brisas, que alerta o motorista da iminência de uma colisão. E calma, que ainda há bem mais:
cruise-control;
- computador de bordo;
- sensores de luz, chuva e estacionamento dianteiros e traseiros;
- monitoramento de pressão dos pneus
- partida remota por botão na chave;
- central MyLink de segunda geração com GPS, Bluetooth, áudio e compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay;
- OnStar com pacote Exclusive (segurança, socorro mecânico e concierge);
- retrovisor interno eletrocrômico;
- câmera de ré;
- retrovisores externos com comandos elétricos, rebatimento elétrico e luzes de direção integradas;
- vidros elétricos com one-touch para todas as portas e sistema antiesmagamento
- volante multifuncional revestido em couro;
- ar condicionado automático digital;
- direção elétrica;
- coluna regulável em altura;
- bancos revestidos em couro com comandos elétricos para o do motorista. 


Veja que esta lista não deixa a desejar se comparada à de alguns SUVs médios do mercado, tanto quanto de alguns sedãs médios topo-de-linha. Sim, é clara a intenção da Chevrolet de fazer da S10 uma opção também para quem roda na cidade, já que é tendência. Aí é que o câmbio automático entra como coringa: se já cansa trocar marchas manualmente em congestionamentos com um carro pequeno, dirá com um veículo deste porte. 


A transmissão, como nas versões a diesel e na Trailblazer, opera com suavidade e progressividade, mantendo rotações baixas o máximo possível para frear o consumo - conseguimos média de 9,8 km/l de gasolina na estrada e 7,4 km/l na cidade, boas marcas para um veículo de 1.800 kg - e diminuir o nível de ruído, que já não é alto. Reduções também são feitas com agilidade, fazendo com que a força do motor 2.5 Flex com injeção direta de combustível seja despejada nas rodas sem rodeios: há bons 27,3 kgfm de torque a 4.400 rpm e 206 cv de potência quando abastecida com etanol.


O sistema de tração também é o mesmo oferecido nas outras versões 4x4 do line-up. Conta com acionamento por botão no console, com opções 4x2 para o uso diário, 4x4 para aumentar a aderência no off-road leve e 4x4 reduzida para situações mais severas de uso. O controle de descida permite que o motorista tire o pé dos pedais e apenas controle o volante, com a picape obedecendo fielmente ao comando eletrônico, enquanto o auxílio de partida em rampas promove a mesma segurança. Falta apenas bloqueio do diferencial, o que a capacitaria a enfrentar situações ainda mais pesadas no fora-de-estrada. Fazendeiros podem sentir falta.


A suspensão também trabalha a favor do conforto. Novos coxins de fixação do chassi deixam a carroceria flutuar menos nas retas e inclinar menos nas curvas, e o auxílio da direção elétrica é fundamental para deixar a picape mais à mão em velocidade bem como para facilitar as manobras de seus 5,36 metros de comprimento na cidade. O resultado é uma picape que não quer parecer um carro, mas se comporta como gigante gentil.

Há alguns deslizes que precisamos, outra vez, pontuar. Num carro desse tamanho, ajuste de distância da coluna de direção deveria ser obrigatório, mas na S10 só há, ainda, ajuste de altura. Outra falta é a de encosto de cabeça para o passageiro do meio no banco traseiro, que pelo menos tem cinto de 3 pontos. Finalmente, incluir tantas babás eletrônicas e manter a oferta de apenas 2 airbags na cabine parece contrassenso.

COMPENSA?


Se a gente considerar a grande oferta de itens de série da versão LTZ, a dirigibilidade melhorada, o bom casamento do motor 2.5 Flex com a transmissão automática e todos as outras qualidades que já conhecemos na linha S10 (robustez, boa capacidade de carga e bom espaço interno), o preço de R$ 129.990,00 parece interessante. Com exceção do tamanho exagerado para a realidade urbana, todos os outros atributos a tornam excelente companhia para qualquer tipo de uso.

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