O segmento de minivans no Brasil já foi, talvez, o mais pasmacento de todos. Foram anos sem lançamentos. Por muito tempo tivemos que conviver com 3 meras opções de minivans médias (Zafira, Scénic e Xsara Picasso) e outras 3 pequenas (Fit, Meriva e Idea). Se em outros segmentos é difícil escolher pela imensa variedade de modelos, neste o problema era oposto: faltavam opções.
Mas as coisas estão mudando. Primeiro, modelos mais acessíveis começaram a ser importados, como é o caso da Citroën Grand C4 Picasso, da Renault Grand Scénic e da Kia Carens. É fato que o Honda Fit buscou outro nicho de mercado quando foi remodelado. Ainda assim, se as demais minivans pequenas já estão pedindo arrego, a Nissan acordou e colocou no mercado duas boas novidades: Livina e Grand Livina – a primeira concorrendo com Chevrolet Meriva e Fiat Idea, e a segunda, como principal adversária à Zafira, antes única minivan nacional com 7 lugares.
Hoje quero falar sobre a Livina. A princípio, não se pode dizer que seu design seja um primor; não é. Mas sabe-se que os compradores de carros deste segmento não se importam tanto com isso. Além do mais, a Nissan tem, conscientemente, se tornado referência em oferecer modelos BONS, não necessariamente bonitos – pelo menos na opinião da maioria dos consumidores brasileiros. Mas mesmo discreta, quando colocada frente a frente com suas rivais fica claro que ela é bem mais moderna.
Por ser mais cara, a Livina não parece melhor negócio que Meriva ou Idea. Mas basta analisar todos os seus atributos para perceber que ela não é somente o melhor negócio, mas também o melhor carro. Para começar, a Livina traz, desde a versão de entrada, ar condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas 4 portas, travas e retrovisores elétricos e airbag para o motorista. Esta versão custa R$ 46.690,00. O problema (para as rivais) é que muitas concessionárias estão disponibilizando a versão 1.8 16v automática por R$ 46.990,00, praticamente o mesmo preço da versão de entrada. Como se não bastasse, sua garantia é a maior dentre todas: 3 anos (e só isso já seria suficiente para torná-la vencedora no quesito custo x benefício). A Meriva custa menos (R$ 44.411,00), mas equipá-la como a Livina requer a compra de um pacote que inclui ABS e eleva seu preço para R$ 47.274,00. Já a Idea é a mais barata das três (R$ 40.220,00) e tem computador de bordo com 4 funções desde a versão de entrada. Equipá-la como a Livina (acrescentando o ABS), porém, vai fazer seu preço ir a R$ 48.503,00.
Por ser mais cara, a Livina não parece melhor negócio que Meriva ou Idea. Mas basta analisar todos os seus atributos para perceber que ela não é somente o melhor negócio, mas também o melhor carro. Para começar, a Livina traz, desde a versão de entrada, ar condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas 4 portas, travas e retrovisores elétricos e airbag para o motorista. Esta versão custa R$ 46.690,00. O problema (para as rivais) é que muitas concessionárias estão disponibilizando a versão 1.8 16v automática por R$ 46.990,00, praticamente o mesmo preço da versão de entrada. Como se não bastasse, sua garantia é a maior dentre todas: 3 anos (e só isso já seria suficiente para torná-la vencedora no quesito custo x benefício). A Meriva custa menos (R$ 44.411,00), mas equipá-la como a Livina requer a compra de um pacote que inclui ABS e eleva seu preço para R$ 47.274,00. Já a Idea é a mais barata das três (R$ 40.220,00) e tem computador de bordo com 4 funções desde a versão de entrada. Equipá-la como a Livina (acrescentando o ABS), porém, vai fazer seu preço ir a R$ 48.503,00.
Mas o preço da Livina não se justifica somente pelos itens de série. Ela é mais potente que as rivais em ambas as suas versões. A surpresa é que, além de mais segura em ultrapassagens, ela é mais econômica, já que precisa de menos esforço para manter as mesmas médias de velocidade (dados da revista Quatro Rodas para a versão 1.6 16v). Isso, graças aos motores herdados da Scénic e do Tiida. Quanto à concorrência, se o 1.4 Econo.Flex é suficiente para Corsa Sedan e Prisma, ele se ressente do maior peso da Meriva (mas ela não chega a ser lerda). E a Idea, com seu motor 1.4 Fire, serve bem para levar as crianças na escola e para ir ao supermercado – mas carregar seu portamalas, enchê-la de gente e pegar a estrada pode ser algo irritante, talvez até perigoso. Seu desempenho se assemelha ao de um 1.0 e não condiz com sua proposta de veículo familiar.
O melhor da Livina, porém, está no seu interior. Ali ela mostra de fato o quanto é mais moderna e funcional que as demais. Se não tem tantos porta-objetos quanto a Idea (que, neste caso, respeita bem mais a proposta de uma minivan), ela compensa isso com prazer ao dirigir. Apesar de não ter ajuste de altura dos bancos, a posição de dirigir é bem boa, sem fugir à proposta do segmento. Os bancos são bem macios e seguram bem o corpo, e o revestimento acústico se mostrou bem eficiente, especialmente na versão automática, mais silenciosa. O painel mostra claramente que se trata de um Nissan, com mostradores separados, plásticos de ótima qualidade e bem montados, diferença de texturas e cores claras, deixando o ambiente bem iluminado e arejado. Os comandos são todos bem macios sem serem “bobos” e o “departamento de ergonomia” trabalhou bem. Quanto aos câmbios, enquanto o mecânico tem ótimos engates, o automático é extremamente suave nas trocas.
Uma boa surpresa ocorre quando abrimos a tampa do portamalas e vemos um vão que comporta 449 litros, bem maior que o da Meriva e da Idea. Os bancos traseiros, na versão de entrada, não são repartidos como na Idea, mas isso muda já a partir do modelo 1.8 automático. E considerando ainda que a distância entreeixos é somente 2 cm menor que a da Meriva (mas o projeto é mais moderno, aproveitando melhor o espaço), fica fácil deduzir que os passageiros têm espaço mais que suficiente para viajarem com conforto – coisa que não acontece com a Idea, com conforto de fato somente nos bancos da frente.
Talvez a única coisa que falte na Livina é DIVULGAÇÃO. Sabe-se que o grupo Renault / Nissan falha bastante neste aspecto no Brasil e é este, provavelmente, o motivo de suas vendas não serem tão expressivas. Ainda assim, não se pode negar que é um produto diferenciado, bem melhor que os oferecidos por GM e Fiat. Só isso já faz dela a melhor compra dentre todas.
Na próxima semana vocês poderão ver a análise da Grand Livina. Não percam!
Uma boa surpresa ocorre quando abrimos a tampa do portamalas e vemos um vão que comporta 449 litros, bem maior que o da Meriva e da Idea. Os bancos traseiros, na versão de entrada, não são repartidos como na Idea, mas isso muda já a partir do modelo 1.8 automático. E considerando ainda que a distância entreeixos é somente 2 cm menor que a da Meriva (mas o projeto é mais moderno, aproveitando melhor o espaço), fica fácil deduzir que os passageiros têm espaço mais que suficiente para viajarem com conforto – coisa que não acontece com a Idea, com conforto de fato somente nos bancos da frente.
Talvez a única coisa que falte na Livina é DIVULGAÇÃO. Sabe-se que o grupo Renault / Nissan falha bastante neste aspecto no Brasil e é este, provavelmente, o motivo de suas vendas não serem tão expressivas. Ainda assim, não se pode negar que é um produto diferenciado, bem melhor que os oferecidos por GM e Fiat. Só isso já faz dela a melhor compra dentre todas.
Na próxima semana vocês poderão ver a análise da Grand Livina. Não percam!
Interessante sua avaliação da Livina.
ResponderExcluirNo mês passado aproveitando os últimos de redução de I.P.I, minha mãe resolveu trocar seu velho Corsa por uma minivan, e ficou na dúvida entre a Meriva Joy e a Livina 1.6.
Após o Test Drive de ambas, a superioridade da Nissan como produto é inquestionável, e foi decisiva na compra da van japonesa.
A garantia maior,o seguro menor,e a maior qualidade, economia e desempenho são boas apostas em detrimento a um modelo estabelecido no mercado, mas já defasado.
Não arrependemos de termos optado pelo Livina.
A resenha está correta. O carro é mesmo excelente! Super confortável na cidade e excepcional na estrada. Recomendo.
ResponderExcluirO carro realmente é muito bom. O único ponto negativo são os barulhos na carroceria que incomodam bastante, principalmente nas ruas onduladas e esburacadas.
ResponderExcluirQuem for comprar sugiro o 1.8 AT que vem completo de fábrica. A diferença não é tão grande assim e é muito mais carro.