Por Pedro Ivo Faro
Se tem uma coisa que a Honda conseguiu ao longo dos anos no Brasil – desde quando ainda estava trazendo só importados no começo dos anos 90 – foi a boa reputação, principalmente no tocante à durabilidade e confiabilidade de seus carros. E, desde 2009, a marca aliou essa robustez mecânica com um pacote mais acessível para quem quer um sedã familiar. Eis aqui o Honda City (ou, como alguns até chamam, “mini-Civic”).
TANTO FAZ
A primeira geração dele veio, inicialmente, em três versões: LX, EX, e EXL, mesma nomenclatura usada no “irmão” Fit, de quem ele herda plataforma. Independente da versão, o motor é o mesmo, um 1,5 litro i-VTEC flex com 116 cv quando abastecido com etanol e 115 cv com gasolina.
FOLGADO
Duas características que cativam muito os donos de City são o bom espaço interno e o latifundiário porta-malas (de 506 litros, dando um banho no Civic, que à época tinha apenas 340). Além disso, ele possuía uma prática gaveta porta-objetos sob o banco traseiro. Por outro lado, o tanque de apenas 42 litros recebeu reclamações, e cresceu para 47 a partir do ano-modelo 2013.
CRESCENTE
Em termos de equipamentos, a LX já vem bem-servida, com airbag duplo, direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico e sistema de som com CD player e rodas de alumínio de aro 15. A intermediária EX incorpora à lista rodas de alumínio aro 16, freios ABS nas quatro rodas (opcional na LX), distribuição eletrônica de frenagem EBD, ar-condicionado digital e a top EXL dispunha de faróis de neblina, bancos em couro como diferenciais das outras versões. Em 2010 veio a básica DX, que limava CD player, frisos, rodas de alumínio e bandeja sob o banco traseiro, mas custava 3% a menos que a versão LX. O único opcional era o câmbio automático e pintura metálica. Em contrapartida, também representou a maior percentagem das vendas quando foi lançada.
MUDOU, MAS POUCO
O City teve apenas uma reestilização em sua primeira geração, que ocorreu em 2013. Mas as alterações foram consideravelmente discretas, como um novo para-choque e novas rodas, além do já mencionado aumento do tanque. Saíram também as versões DX automática e EXL.
“ESPORTIVO”
No mesmo ano veio a versão “esportiva” do City. A Sport acrescentava alguns itens exclusivos como pedais esportivos cromados, bancos com novo revestimento e alavanca de transmissão com desenho e acabamento diferenciado.
FIQUE DE OLHO
Como todo Honda que se preze, o City tem boa durabilidade e robustez mecânica. Mas não custa olhar alguns itens antes de comprar.
- Na hora da compra, dê preferência ao LX para cima. O DX, por ser mais pelado, nem sempre é tão bem-aceito no mercado de usados.
- Câmbio automático também se torna uma boa opção, principalmente em termos de mercado, onde cerca de 50% dos LX vieram com este tipo de transmissão.
- Dê uma volta com o carro e confira se há “grilos” ou rangidos internos. Rangidos internos ou barulhos na suspensão indicam que o antigo dono não deu o cuidado merecido. Atente para o estado de buchas, batentes e principalmente amortecedores, que em alguns casos podem apresentar vazamentos. Por dentro, olhe as partes metálicas, como nos bancos, que costumam oxidar com facilidade.
PREÇOS
Custo-benefício virou palavra de ordem desde que o City ganhou uma nova geração, o que fez com que a anterior desse uma baixada nos preços. Hoje um EX 2010 sai por cerca de R$ 38,8 mil, preço inferior mesmo ao do mais básicos dos sedãs compactos do mercado, com a vantagem de vir mais bem-equipado.
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