O que mais
se houve sobre carros chineses é que ainda são uma incógnita no mercado. Muitos
consumidores potenciais ainda têm dúvidas sobre seu funcionamento e resistência
numa longa viagem, especialmente quando se trata de destinos sem
concessionárias autorizadas. A afirmação torna ótima a oportunidade de avaliar
um carro chinês com maior quilometragem – exatamente o caso da JAC J6 Diamond testada agora, que nos
foi entregue com pouco mais de 22 mil km rodados.
Depois de
uma semana rodando entre São Paulo e Campinas, com 670 km anotados e média de
consumo de 9,31 km/l, a J6 finalmente encarou o lugar para onde foi feita: a
estrada. E quem diz que estrada boa é diretamente proporcional à cobrança de
pedágio não sabe o que fala; a viagem da JAC J6 de São Paulo a Goiás prova o
contrário. Talvez as estradas federais por onde passou não estejam no mesmo
nível de Bandeirantes ou Castelo Branco, mas são duplicadas, bem sinalizadas,
bem conservadas e absolutamente suficientes para uma viagem tranquila. Isso faz
questionar (como o RACIONAUTO já fez antes) o abuso das tarifas de pedágios no
estado de São Paulo. Mas isso é assunto para outra hora.
Mudança dos
planos iniciais. Ribeirão Preto, Uberaba e Uberlândia precisaram ser excluídas
do roteiro original desta viagem, se tornando apenas pontos de parada. Saindo
de Campinas, SP, o destino final desta primeira etapa foi a cidade de Anápolis,
Goiás, 904 quilômetros adiante. A J6 passou pelas rodovias Anhanguera (SP 330),
de Campinas até a fronteira com Minas Gerais; BR 050, da fronteira até Uberlândia,
passando por Uberaba; BR 365, de Uberlândia até o trevo com a BR 153; e nesta
até a cidade de Anápolis, passando por Itumbiara e Goiânia.
Até o
restaurante Trevão, no entroncamento com a BR 153, foram várias pausas para
tomar café, almoçar, abastecer, fotografar ou simplesmente esticar as pernas.
Dali, porém, a J6 seguiu direto por 317 km até seu destino. Viagem cansativa?
Que nada, a minivan da JAC Motors provou sua vocação estradeira. Faça a soma:
Bancos
largos com espuma de densidade adequada
+ Apoio para o
pé esquerdo e para o braço direito
+ Ótimo ar condicionado
digital com saída para os bancos traseiros
+ Ótima
qualidade do sistema de áudio
+ Suspensão
macia
+ Boa
estabilidade
+ Sensação de
segurança mesmo na chuva
+ Motor
valente
= Corpo inteiro e disposição para encarar
mais estrada.
Mas há
ressalvas. A suspensão é realmente macia e filtra bem as imperfeições, mas o
curso é curto, especialmente na dianteira, e facilmente dá batente em
ondulações maiores no asfalto. As palhetas flat-blade
da minivan já estão relativamente gastas, dificultando a varredura do enorme
vidro dianteiro em chuva forte. O ar condicionado rouba mais força do motor do
que se poderia esperar, dificultando retomadas em subidas. Por
fim, os defeitos apontados inicialmente se fizeram sentir, especialmente a
falta de luzes internas na van – a central também queimou durante a viagem,
restando agora somente a dianteira esquerda.
Entre
estradas, percursos na cidade e uma ida ontem a Goiânia, capital do estado de
Goiás, a J6 rodou até agora 1794 quilômetros, com média de 11,62 km/l, marcando
24.094 km no hodômetro e suja que dói. Com a chuva que tem caído em Goiás
nestes dias, fica difícil dar banho.
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