Por Pedro Ivo Faro
Muita gente procura um usado que venha bastante recheado de itens, que traga conforto e até algum desempenho sem estourar o limite do orçamento. Opções podem haver várias nessa hora, mas uma das mais interessantes é o Stilo, da Fiat. Fora de linha desde 2010, quando foi substituído pelo Bravo, o hatch hoje é campeão em custo-benefício, além de ter uma farta oferta de versões e pacotes de acabamento.
MUITO EQUIPADO
Se há algo em que o hatch é campeão, é na lista de equipamentos. De série vêm direção com assistência elétrica, banco traseiro bipartido, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, e vidros e travas elétricas. Há também o My Car, que permite regular diversos parâmetros do carro. E em quase todas as versões o ar-condicionado veio pelo menos como opcional. Nunca compre um Stilo sem ar, pois depois será complicado para revender. Há também a tecla City, que deixa a direção ainda mais leve em manobras.
VERSÕES
O Stilo foi farto em versões. Além das 1.8 8v (que costuma ter maior revenda), 1.8 16v e Abarth 2.4, houve também os Stilo Schumacher (homenageando o piloto alemão em 2004, que vinham com teto solar Sky Window, rodas de desenho exclusivo, de aro 17, ar-condicionado digital, bancos em couro, a cor vermelha como destaque e a motorização 1,8-litro 16V de 122 cv). Mais tarde houve outras duas “fornadas” do Schumacher: uma em 2005, que veio na cor amarela, e outra no começo de 2006. Houve também o Blackmotion, que trazia basicamente tudo do Schumacher, e ainda tinha como opcionais airbags laterais e de cortina, além de sensores de chuva e crepuscular.
FORA DE CASA
Um detalhe do Stilo que merece atenção é quanto ao motor. Durante a vida do modelo ele teve três propulsores: 1.8 de 8 e 16 válvulas e o 2.4 20v. Os dois primeiros são de origem Chevrolet, e compartilhados com, por exemplo, Corsa e Meriva. Já o segundo deriva do motor que equipava o Marea, e é de origem Fiat. A partir de 2005 veio a versão Flex, que ficou mais potente, saindo dos 103 cv (1.8 8v) para 112/114 cv no bicombustível.
REESTILIZADO
Houve apenas uma reestilização do hatch em sua carreira no Brasil, que durou quase dez anos. Em 2008 o modelo recebeu discretos retoques na dianteira e na traseira, sendo que assim ficou até o fim da “carreira”.
RAROS
A versão Abarth teve apenas 945 unidades vendidas, graças ao alto preço cobrado na época. Encontrar um hoje é um pouco mais difícil que os Stilo “comuns”, e pode haver determinado ágio na hora da compra. Em troca, vem o fogoso motor 2.4 de 167 cv, herdado do Marea. Há também os raríssimos Blackmotion 2.4, que nem oficialmente saíram (especula-se cinco exemplares, talvez até menos) que são iguais aos Blackmotion comuns, mas com o mesmo motor do Abarth.
CÂMBIOS
Houve dois tipos de câmbio no Stilo: o manual de cinco marchas e o Dualogic automatizado, também de cinco, sendo que este chegou à linha a partir de 2008.
FIQUE DE OLHO
Um mal dos antigos motores GM, a quebra da correia dentada, não atinge o Stilo. Mas há outros itens que devem ser checados na compra:
- Olhe a parte inferior do carro. Como o Stilo é um pouco baixo, costuma raspar em lombadas e valetas com determinada facilidade.
- Dê uma vasculhada em busca de ruídos. As fontes mais comuns são suspensão, caixa de direção, freios e tampa traseira. Cheque também o funcionamento dos sensores do carro.
- Olhe o porta-luvas, que pode ter problemas para fechar, assim como a saída de ar dessa parte, que pode não estar funcionando.
PREÇOS
A versão de mais saída do hatch costuma ser a 1.8 8v. Um 2010 hoje vem recheado de equipamentos e é encontrado com preços na casa dos R$ 30 mil.
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