segunda-feira, 25 de maio de 2015

DE CARRO POR AÍ


Por Roberto Nasser


Coluna 2115 | 23.Maio.2015 | edita@rnasser.com.br


TT, o adequado esportivo da Audi

Terceira edição do Audi TT continua ascendente em uso e performance. A Audi não se perdeu no caminho de aplicar motores grandes, dedicando-se a melhor desempenho com uma das matrizes da família 3, o quatro cilindros, bloco em ferro, cabeçote  em alumínio, 2.0 litros, 16 válvulas, turbo, com dois sistemas de injeção de combustível: um agindo sobre a cabeça dos pistões, outro no coletor de admissão. Com isto otimiza a produção de cavalos a 230 cv e a 37,7 kgfm de torque. Com eixo contra rotante para anular vibrações, acelera liso como motor de moto de média cilindrada. Está ligado a transmissão de dupla embreagem e seis velocidades, mudanças sua conta ou pelo motorista, via alavanquinhas sob o pequeno volante de ótima empunhadura.


É um pequeno esportivo com sólida engenharia alemã e intenso uso de alumínio, contendo o peso em 1335 kg. A combinação permite acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 5,9s e com velocidade cortada a 250 km/h.

Andei em estrada limpa e lisa. Apesar de ser de tração dianteira, hora nenhuma perdeu tração, cumprindo as curvas sem sustos, abalos ou inclinações. Se o motor é fiel, educado e responsivo, os freios a disco nas 4 rodas merecem destaque: demandados, funcionam com brio, complementando a ambiência de rico conduzir.

Característica interessante, a instrumentação do painel reproduz desenho de instrumentos analógicos, mas é digital e com capacidade de aumentar seu tamanho ao gosto do usuário. Conta giros segue o caminho aberto pelos MG: em frente ao motorista/piloto.

Como

Em duas versões, Attraction, por R$ 210 mil e Ambition, R$ 230 mil, com mais componentes de tecnologia, faróis totalmente em LEDs, seleção de modo de rodagem sobre os grupos mecânicos - motor, câmbio, suspensão e direção - rodas 19" vestindo pneus 245x35 – poderia ter rodas 18”e pneus mais altos. A medida adotada tem laterais baixas, ótimas para performance, mas em desacordo com os buracos nacionais.

Pretende vender 500 unidades este ano. Número elevado, mas o automóvel tem uma espécie de senso de responsabilidade entre seu conjunto mecânico, o rendimento e a segurança. A meu ver o usuário usufruirá muito mais do pacote dinâmico do Audi se comparado com veículos de preço muito superior, como Maseratis, Ferraris, Lamborghinis, de performance superior, porém diferença difícil de ser usufruída. Neste aspecto a relação custo/usufruto do TT supera os concorrentes performáticos e mais caros.

Para fomentar vendas a Audi oferece pacote com 50% de entrada e a metade estante ao final do financiamento de 12x com juros de 0,99% a.m.


Audi TT. Ferrari para o 3º mundo

Mais leve, mais forte, o novo Camaro

Corporação GM apresentou sexta geração do Camaro, o 2016. Nada a ver com o anterior, com unidades ainda à venda. Focou o Mustang, instigador de seu surgimento e sempre concorrente maior. Linhas buscando âncora com as modelo dos anos´60; redução de peso em 90 quilos pelo uso de alumínio; na plataforma do Cadillac ATS, 4 cm mais curto,  e mesmo tipo de motorização do Ford: versões de sustentação LT utilizam motor L4, 2,0 litro, quatro cilindros turbo, 275 cv, capaz de levá-lo de 0 a 100 km/ em 6 segundo - apto a superar 12 km/litro gasolina. Novo V6 3,6 litro e 335 cv - capaz de desligar cilindros com o funcionamento. Ambos com caixa de seis velocidades. No topo, na versão SS, V8 6,2 litros fazendo 455 cv.

À venda no segundo semestre, e projeções de 80.000 unidades em 2016, 30% inferiores às 115 mil previstas para o Mustang.

Específico

Projeto de automóvel se inicia pelos pneus – medida, tipo, construção e outros detalhes técnicos. Para o novo Camaro a Goodyear desenvolveu pneu específico, o Eagle Assimetric 3 em aro 20” para as versões SS, e Sport All-Season, aro 18”, para as LT.


Camaro 2016

Salón, Buenos Aires, junho

Sétima edição do Salón del Automóvil de Buenos Aires não se restringirá a atrações para os clientes do país vizinho, mas também te-las-á aos brasileiros. Será avant premiére dos automóveis lá construídos e para cá exportados, como também ocasião de mostrar unidades de produção nacional – ainda não lançadas, aos consumidores do Mercosul.

Novidades

De nossa produção, atrações maiores com as marcas francesas: pela Renault, versão final do picape Oroch e apresentação do Sandero em versão RS. Outra, Peugeot, apresentará os modelos argentinos 308 e 408 revistos e melhorados. Citroën ausente. Diz, fará outra ação midiática.

Outros argentinos cujo maior mercado será o Brasil, Ford Focus, com mudança frontal, ajustes estéticos para marcar a modelia, e implementação em eletrônica de serviços e conforto. Característica maior, grade inspirada no desenho dos ingleses Aston Martin, adotada no restante da linha de automóveis – Ka e Fiesta; e o utilitário Vito, da Mercedes-Benz, irmão menor do Sprinter. Steve St Angelo, CEO da Toyota para a América Latina, cortou o barato de quem esperava a presença dos novos Toyota SW4 e Hilux, totalmente renovados e produção prevista para novembro. Mesma conversa, Mark Hogan, ex presidente da GM no Brasil, ex vice na Corporation, e hoje o único não japonês no board da Toyota, sanou outra dúvida: picape e suve manterão nomes consolidados na América do Sul, descartando a designação Revo, como ocorre na Tailândia, e citada pela Coluna há dias. 

Para os consumidores argentinos, atrações distantes do mercado nacional como, por exemplo, VW Polo, versão nova, importada da Índia, e o Fiat 500L.

Nos corcoveios radicais de sua economia e mercado, é edição da nova série, e será realizada na capital portenha, em sua conhecida área de exposições La Rural, entre os dias 19 e 28 de junho. Imprensa, dia 18. 

Iniciativa corajosa ante queda de vendas do mercado e das medidas restritivas ao comércio internacional,  e freio no gasto de divisas.

Chegou a ter a realização ameaçada, porém manteve a coragem, adaptou-se à realidade, reduzindo a área expositiva. Para evitar espaços em branco, a sensação de vazio, ampla mescla: carros conceito; veículos antigos; antigos carros de corrida, os de Turismo Carretera, aqui desconhecidos; Fórmula 1 Argentina; miniaturas; pista para educação de trânsito.

Automóveis, especialmente esportivos e de produção restrita, será ponto alto da qualificada mão de obra argentina, recentemente autorizada a fazer tais produtos. Atração a visitantes e comerciantes brasileiros, pois tais veículos, aqui pouco conhecidos, e sua importação e distribuição enseja negócios.

Ingressos a partir de 100 pesos (R$ depende se você pagará em cartão de crédito ou trocará dólares em Bs As) compráveis na bilheteria ou pelo sitio www.ticktec.com.ar .


Cartaz do evento

Roda-a-Roda

Fica – Toyota permanecerá líder mundial na produção de veículos, apesar de não superar em 2015 os 10,3M marcados em 2014, opinião de Mark Hogan, membro do board internacional e encarregado das operações América Latina.
Porquê – Para o executivo, bons resultados mundiais, entesouramento. Não comentadas, os abalos diretivos na concorrente Volkswagen e sua queda de participação no mercado norte-americano. VW vinha acelerando para ultrapassar e assumir a liderança mundial.
Revisão - Diretoria da Volkswagen analisa real necessidade das trocas de óleo semestrais, condição básica para manter a garantia. Uma mão de obra para os usuários da marca, instados à substituição do lubrificante em baixa quilometragem e, às vezes, sem atingi-la.
Audi F1 – A renúncia de Ferdinand Piech à presidência do Conselho da Volkswagen, gera movimentos e mudanças internas. Uma delas, extra industrial, pode ser a entrada da Audi no circo da Fórmula 1.
Muda – Mandão acatado, Piech era contra a ida da controlada à categoria, apesar de todas as vitórias em vitrines de tecnologia, em especial a prova de resistência 24 Horas de Le Mans. Rupert Stadler, presidente, é a favor e diz pensar no negócio. Ano passado ele contratou Stefano Domenicali, ex diretor de Fórmula 1 na Ferrari, para função incerta e não sabida.
Caminho – Entendimentos subterrâneos parecem adiantados. Fonte intrigante diz, o contrato da Red Bull com a Fórmula 1 vai até 2020, porém com sua patrocinada Renault se encerra ao fim de 2016. E este hiato poderia direcionar o apoio financeiro, considerado argumento de peso.
Tempo – Verdades não aparecerão logo. Em outubro a VW elegerá novo número 1, e só após planos, projetos e diretrizes tomarão rumo e forma.
Campanha – Marca de qualidade, mal explorada no Brasil, Subaru inicia ação de publicidade focando na peculiaridade de seus donos serem insistentemente apegados à marca. Enfim.
Vistoria – Projeto de Lei 1.499 do deputado Áureo (Solidariedade/RJ) acaba com as vistorias em veículos. Segundo pretende, defendendo o bolso dos consumidores, limita-as à mudança de característica física dos veículos. Em transferência de propriedade ou domicílio, não caberá.
Caminho – Parlamentar quer calçar demanda assemelhada pelo Ministério Público carioca. O PL inicia seu caminhar legislativo da Comissões de Viação e Transportes, e de Constituição e Justiça.
Expansão - Decisão do governo português sobre a venda de 61% das ações da aérea TAP à brasileira Azul deve sair até o fim de semana. David Neeleman, acionista maior, disse à Coluna, se comprar, manterá o gaúcho Fernando Pinto na presidência operacional, e mudará toda a classe executiva nos voos, reclamação dos clientes brasileiros.
Gente – Dimitris Psillakis, diretor de automóveis Mercedes-Benz no Brasil, promoção. OOOO Presidente da MB Coréia. OOOO Incremento às vendas dos automóveis da marca no mercado brasileiro motivou o grande passo. OOOO

Fiat Strada, 14 anos de liderança

Fiat apresenta a linha 2016 de seu picape, um dos trunfos da marca: 14 anos de liderança; terceiro veículo mais vendido no mercado nacional; suas vendas superam a soma dos concorrentes.

Marca tem pioneirismo como fabricante de picapes sobre automóveis, começando este caminho há tempos, 1939/’40, quando criou-o sobre o modelo do pequeno sedã 1.100. Começou a desenvolver seu DNA.


Fiat 1100 picape, 1939/1940. Negócio de picape começou aqui

No Brasil foi pioneira nas beiradas da década de ’80 com o pick up sobre plataforma do então Fiat mais vendido, o modelo 147. Realizou melhorias, como fazê-lo sobre plataforma maior, aumentando a área para trabalho. Logo em seguida agregou eixo traseiro para serviços em pavimentos ruins, com elevação central, chamando-o Ômega.

Cabine estendida, seguida do arranjo com portas duplas e, recentemente, de três portas completam o portfólio, incluindo versão Adventure com revestimento interno em couro. Hoje, no total, o picape é oferecido em três variações de cabine; três opções de motorização, e três níveis de decoração interna. Linha 2016 marca-se pelo oferecimento de acessórios e equipamentos a preço menor relativamente à compra dos equipamentos individualmente.


Fiat picape Cabine Dupla, Adventure, pico da série

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