sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

MANUAL DE COMPRA - RENAULT TWINGO


Por Pedro Ivo Faro


Mas que diabo é isso?! - Muita gente se pergunta ao ver o Twingo, da Renault. O carrinho já não é vendido há um bom tempo (saiu de linha no começo dos anos 2000). Só que se seu perfil não é unanimidade, em compensação traz uma série de predicados: bem equipado, pequeno por fora e enorme por dentro, ágil para seu peso e porte, entre outros méritos. O Twingo é uma boa opção a se considerar, desde que a revenda não seja prioridade e nem necessidade.

SINGULAR

O pequeno da Renault é um carro, no mínimo, singular. Além do design meio controverso para muita gente, ele tem dimensões diminutas por fora mas um aproveitamento de espaço interno surpreendente. Ele já trazia, em 1994, soluções que seriam vistas nas minivans nos anos a seguir, como banco traseiro corrediço ajustável com possibilidade de dobrá-lo completamente, o que permitia que a bagagem crescesse de 168 para 1096 litros, ou reclinar o encosto traseiro até que o conjunto virasse uma cama.


EQUIPADO E REFINADO

Na hora de ver a lista de equipamentos, outra surpresa. O Twingo sempre foi um produto distinto da concorrência, tendo, além das soluções de aproveitamento interno, boa lista de equipamentos. Ar condicionado é encontrado facilmente e com um pouquinho de pesquisa acha-se também airbag duplo. Barras de proteção nas portas são comuns a todos os modelos, assim como o limitador de esforço integrado aos cintos, que ameniza os efeitos de uma colisão aos passageiros. 

BONJOUR OU BUENOS DIAS?

Inicialmente ele veio da França, com motor 1.2 de 60 cv - em geral com ar condicionado e vidros elétricos. Em 1999 passou a vir do Uruguai, com motor 1.0 8V de 59 cavalos. A versão era denominada Pack e contava com ar, trio elétrico e CD player com comando na direção. Mas o mais equipado veio em 2002, a versão Initiale. Trazia, além de rodas de liga leve, faróis de neblina e bancos de couro. Nesse mesmo ano o motor passou a ser 1.0 16v de 68 cv.

LADO RUIM OU LADO BOM?

Pelo fato de o Twingo ser pouquíssimo visado por ladrões, muitos donos nem fazem seguro. Além disso, o preço de compra é muito baixo e a revenda é complicada - certeza de casamento no civil. Se você não se importar com isso, saiba também que apesar da boa durabilidade as peças não são lá tão fáceis de serem achadas. Só evite a versão Easy, com embreagem automática, pois sua manutenção pode ser ainda mais complicada.


FIQUE DE OLHO!

Apesar da boa durabilidade para um importado, há coisas que merecem atenção na hora de comprar um Twingo. Cheque os seguintes itens:

- Confira os coxins. Quando quebrados, geram movimentos excessivos do conjunto motor-câmbio que incomodam bastante e podem causar danos nos demais coxins. Se houver vibrações ou barulhos excessivos, é mau sinal. 
- Ruídos externos são sinal de buchas desgastadas, tanto na dianteira quanto na traseira. Pode ser também sinal de vazamento nos amortecedores.
- A tradicional e famigerada "batedeira" no painel é problema comum em importados. Para solucionar o problema há duas opções: conviver com os barulhos, ou desmontar o painel e revestir os fios com espuma, isolar partes plásticas com feltro, aplicar calços em tampas e reapertar parafusos de fixação.
- Confira cuidadosamente o sistema de refrigeração - mangueiras, radiador e bomba d'água - além de verificar o funcionamento da ventoinha. Não é raro o sistema apresentar vazamento ou mau funcionamento.

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