Godzilla está entre nós. A Nissan anunciou hoje, oficialmente, as vendas do mito GT-R no país. Mas não espere vê-lo exposto regularmente nas concessionárias da marca; quem quiser um GT-R vai ter que encomendar antes, esperar de 3 a 4 meses pelo brinquedo - que é produzido exclusivamente no Japão - e desembolsar pelo menos R$ 900.000,00.
É muita grana, mas é muito (MUITOOO) desempenho também. Além dos novos detalhes de design o motor V6 3.8 24 válvulas biturbo do GT-R ganhou 20 cavalos em comparação à versão anterior e agora entrega 572 cavalos e 65 kgfm. As acelerações em rotações médias estão melhores e o torque teve seu rendimento otimizado, estando disponível ao máximo numa faixa maior de utilização. Dentre as melhorias que possibilitaram o aumento de potência e desempenho geral estão:
- Aumento da rigidez torcional e melhorias aerodinâmicas;
- Cilindros revestidos com jato de plasma, que permitem menor atrito, menor peso, maior capacidade de resfriamento, maior rendimento e consumo mais eficiente;
- Sistema coletor de admissão e escape simétricos e independentes, com turbo compressores duplos de alta performance;
- Segundo sistema de gestão do ar para melhor performance das emissões em partida a frio;
- Sistema de resfriamento do óleo controlado termostaticamente;
- Bomba de recuperação de óleo para manter o fluxo de lubrificação nos turbo compressores e sistema lateral de lubrificação seco e úmido do cárter.
Motor 3.8 V6 Biturbo rende 572 cv e 65 kgfm |
É muita informação técnica, eu sei. O que você quer saber é do que o Godzilla é capaz com essa parafernália toda. Dependendo das condições climáticas ele pode acelerar de 0 a 100 km/h com tempo entre 2,7 e 3,2 segundos. O câmbio automático de 6 marchas com aletas para trocas de marchas que se movimentam junto com o volante e a tração integral se encarregam de distribuir toda a força às rodas, sendo possível, dependendo das condições de tração, jogar até 100% da força somente para as rodas traseiras ou distribui-la de forma equivalente, 50% para cada eixo.
Superesportivo ficou mais refinado e tem operação de gadgets mais simplificada |
O desempenho é brutal, sempre foi. Mas a Nissan quis tornar o modelo 2017 mais GT, talvez para fazer jus ao nome. Os comandos foram simplificados - navegação e áudio, por exemplo, eram operados por 27 comandos e agora há apenas 11. O interior foi refinado e na versão "de entrada", digamos assim, tem bancos e detalhes revestidos em couro preto. Há ainda outras 3 combinações de cores para o revestimento interno, que elevam o preço do carro para R$ 920 mil, e ainda 7 cores disponíveis para a carroceria - preto, prata, branco, cinza, vermelho, azul e laranja.
O GT-R só será vendido por encomenda e a Nissan Carrera, em São Paulo, centralizará os pedidos |
Um dos fatos mais emblemáticos sobre o Nissan GT-R é a produção praticamente artesanal dos motores. Apenas 5 técnicos rigorosamente treinados, chamados de Takumis - artesãos, em japonês -, têm o privilégio de montar os motores, sempre numa sala exclusiva e com alto nível de limpeza. Cada motor recebe uma placa de alumínio que exibe o nome do engenheiro responsável por sua montagem completa.
Os R$ 900 mil pedidos pelo GT-R são o preço da exclusividade. Outros superesportivos, como o Porsche 911 Turbo e o Audi R8 V10, custam mais e outros, como o Jaguar F-Type V8 e o Mercedes-Benz AMG GT, menos. Mas isso importa muito pouco para quem tem esse valor para gastar num carro. O desejo, a performance e a realização de um sonho falam muito mais alto.
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