Foto: Maximiliano Moraes |
Fim do teste:
ontem o JAC J5 voltou para a concessionária. Ficaram algumas boas impressões e também a sensação de que ele precisa evoluir – em alguns aspectos, bastante – para conseguir
fazer frente aos demais sedãs do mercado com os quais concorre.
Falando do
que é bom: a JAC se superou quanto ao acabamento deste sedã. Ainda deixa a
desejar quando o comparamos ao Polo Sedan (que é datado, mas ainda é referência
em qualidade de montagem), ao Cerato (que já foi pior, mas melhorou) e do Linea
(graças ao esforço da Fiat em torna-lo um sedã médio), mas sem dúvida é o melhor
dos JAC vendidos aqui. O layout do painel tem mais personalidade que seus
irmãos de marca J3 e J6 e a maioria das peças são bem encaixadas e de boa
aparência. Os muitos equipamentos de série também o tornam uma boa compra pelos
R$ 49.990,00 pedidos, ainda que não traga computador de bordo e comandos no
volante nem como opcionais. O espaço interno é inigualável no segmento, graças
às suas dimensões, e o design é muito bem resolvido e consegue fazer frente até
ao belo New Fiesta Sedan. A posição de
dirigir também é excelente.
Foto: Maximiliano Moraes |
Mas algumas
coisas são boas às custas de outras ruins: há problemas pontuais e falhas de
projeto. A mesma boa posição de dirigir, por exemplo, só é obtida depois do
difícil manuseio dos comandos: o do volante (fino e de má pega) é duro e só
ajusta em altura; o do banco do motorista tem 3 comandos, sendo 2
roldanas de acesso complicado e uma alavanca que regula o encosto com posições
fixas e difíceis de encontrar.
Em outras 2
coisas a JAC errou feio: acerto de suspensão e de direção. O avançado sistema
independente McPherson na dianteira e Dual-link na traseira não parecem surtir
o resultado esperado no sedã: imperfeições no asfalto são sentidas sem
parcimônia, especialmente no banco traseiro, com batidas secas da suspensão
traseira. Esta, aliás, será alvo de uma intervenção da JAC que visa melhorar
seu desempenho, segundo o técnico que liberou e recebeu o carro na
concessionária. A direção, por sua vez, parece frouxa (mais ainda em alta
velocidade), com reações lentas e a impressão de que a frente vai desgarrar em
curvas com asfalto irregular. A carroceria também inclina mais que o desejado.
Foto: Maximiliano Moraes |
Outros
pontos negativos:
- O tecido
dos bancos é áspero e não transmite requinte; melhor optar pelo couro.
- A ausência
do encosto de cabeça central é uma falha grave, bem como do cinto de 3 pontos
para o passageiro do meio no banco de trás. Como se não bastasse, os demais
encostos traseiros são fixos.
- O motor
1.5 16v a gasolina promove bom desempenho na cidade, mas apenas mediano na
estrada; ultrapassagens precisam ser feitas com mais reduções de marcha e
rotações altas.
- Este mesmo
motor é barulhento e o projeto acústico do sedã é deficiente. As rotações necessárias
para fazer o carro deslanchar invadem a cabine sem dó.
- O ajuste de volume do rádio é ruim; falta modularidade adequada.
- Problema
pontual: a falha no farol esquerdo, atribuída a uma falta de alimentação do
sistema elétrico.
Quando o
RACIONAUTO pegou o J5, couberam exatos 57 litros de gasolina no tanque,
conforme indicado no manual como capacidade máxima. Rodamos pouco mais de 491
quilômetros e, pelo indicado no marcador de combustível, é pouco provável que o
J5 rodasse mais que outros 30. Presumimos uma média de 9 km/l rodando quase
exclusivamente na cidade, o que é bom se considerarmos o peso do carro e o
esforço do pequeno motor para movimenta-lo nas ladeiras e no trânsito de Belo Horizonte
(a revista Quatro Rodas aferiu 9,8 km/l como média de consumo na cidade de São
Paulo).
Foto: Maximiliano Moraes |
VEREDICTO
O J5 é carro
para dirigir devagar; esportividade não é com ele. Também é um sedã para quem
gosta de conforto no trânsito urbano; as viagens devem ser feitas sem pressa.
Seu preço o torna uma interessante opção frente aos sedãs premium e alguns
médios de entrada, mas ainda há muito o que evoluir quanto às características
dinâmicas. Os 6 anos de garantia são um diferencial bastante competitivo.
Tem um publico alvo bem apontado. É pra quem precisa de espaço e n é rico. Fora que o J5 é bonitão mesmo...
ResponderExcluirPior é que isso envolve a estabilidade do carro. Segurança é algo que não se pode colocar em dúvida!
ExcluirEu tinha um vectra elegance 2011, troquei no J5 a 3 meses e já rodei 10.000km, sinceramente estou muito satisfeito, muito confortável pra mim que tenho 1,94 de altura, diferente do Corolla que me provocava dor de coluna, vale a pena pelo valor a ser aplicado, creio que os próximos carros serão ainda muito melhores, e um detalhe importante, o pós venda JAC é sensacional e diferenciado. EU RECOMENDO!
ResponderExcluirVou pegar o meu J5 amanhã...tomara que seja bom igual ao do amigo ai de cima. To saindo de um New Civic pra um J5...vamos ver.
ResponderExcluirPô cara, na boa, voce tem a pachorra de citar em comparativo, Polo Sedan, é um VW voce tem comparar com Jetta, pois essa montadora em qualquer quesito tem que ser rebaixada, VW só vende porque brasileiro é trouxa para escolher carro
ResponderExcluirEXCELENTE CARRO. 63.000KMS E SEM PROBLEMAS MAIORES.
ResponderExcluirEXCELENTE CARRO, O MEU 2013 COM 40.000 MIL KM, FAZ 13KM P/LITRO, E NÃO DA PROBLEMAS...
ResponderExcluirEstou prestes a pegar um Jac j5 e estou com receio da manutenção e de encontra pwcas,sou Rogério de rj,se alguém puder me ajudar.
ResponderExcluirDesde já agradeço.
Será q o JAC j5 aguenta rodar de 7 há 12h por dia nos aplicativos Uber e 99
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