Por Pedro Ivo Faro
Usando uma já conhecida gíria da internet e das redes sociais, nada define melhor a segunda geração do Chevrolet Omega que uma “nave”. Grande, potente, bastante equipado, espaçoso e luxuoso, o sedã ganhou uma nova vida bem pouco depois de se despedir do mercado nacional, em 1998. No final do mesmo ano passou a ser importado da Austrália – onde, por lá, se chama Holden Commodore – e se tornou desde então uma das melhores opções para quem quer um usado de luxo com bom custo-benefício.
DIFERENTE, MAS O MESMO
O Omega “australiano”, como passou a ser chamado, teve, em sua segunda geração, duas diferentes reestilizações, vindo sempre na versão CD. Entre 1998 e 2000, ficou igual. Logo no primeiro semestre de 2001, recebeu discretas alterações na grade e nos faróis, que ganharam novas lentes, assim como nas lanternas traseiras. Em 2003 veio uma modificação mais profunda no design, que remodelo por inteiro a frente e a traseira, e assim se manteve até a geração seguinte.
SENHORES MOTORES
O Omega tem no conjunto motor-câmbio um de seus predicados mais fortes. Os primeiros vinham com um V6 3.8 com 200 cv e 31 kgfm, associado a um câmbio automático de quatro velocidades. A partir de 2005, passou a vir o motor V6 Alloytec, que tinha menor cilindrada (3.6), mas era mais potente (258 cv) e “torcudo” (34,7 kgfm), e o câmbio automático de cinco marchas passou a ser o mesmo dos Cadillac e de alguns BMW, além de ele sempre ter tido tração traseira, o que privilegia a esportividade. Coisa fina.
DISTINTO
Além do espaço interno latifundiário, o Omega também é farto em equipamentos. Os primeiros já vinham com dois pacotes básicos, que se diferenciavam pelos bancos de couro, CD player e controle de som no volante - vale a pena procurar por essa versão, já que seu preço quase não muda, assim como traz também ABS, piloto automático e computador de bordo e airbags. E, conforme os anos-modelo foram avançando, outros “mimos” vieram, como sensor de ré, controle de tração, bancos de couro, borboletas para troca de marcha, entre outros.
FIQUE DE OLHO!
O Omega tem uma conhecida robustez mecânica. Mas, além de ter ciência de que as peças normalmente podem ser mais caras e mais difíceis de achar, vale a pena o futuro comprador olhar os seguintes itens:
- Observe se os engates do câmbio estão em ordem, sem patinar nas mudanças e arrancadas, bem como se não há trancos nas passagens de marcha. Recomenda-se fazer o mesmo teste numa ladeira.
- Os limpadores de para-brisa podem parar de funcionar, mas é defeito simples. Uma troca de fusíveis ou uma verificação na fiação resolve.
- Olhe bem o tensor da correia do motor. Se gasto, pode parar de funcionar de repente e dar um rombo no orçamento.
- Confira se há ruídos no painel. Um reaperto geral dá jeito nisso.
- A abertura da mala é elétrica, mas pode não funcionar. Não custa checar na hora da compra, mas o defeito só se revela de vez em quando.
- Faça uma checagem na suspensão. As primeiras unidades tinham desgaste prematuro nas buchas, as posteriores já tinham um conjunto mais resistente.
PREÇOS
Por R$ 46 mil se leva um Omega 2007. Nesse preço, dificilmente se acha outro sedã grande com tamanho nível de equipamentos de luxo e motorização.
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