quarta-feira, 12 de agosto de 2015

MANUAL DE COMPRA - PEUGEOT 307 SW


Por Pedro Ivo Faro


Não faz muito tempo, no começo dos anos 2000, as minivans eram objeto de desejo das famílias brasileiras. Aliando espaço para mais gente com praticidade e modularidade interna, elas reinaram até a chegada dos SUVs compactos. Um segmento que perdeu muito espaço com a chegada das minivans e SUVs foi o das peruas, que hoje estão quase extintas no Brasil. No entanto, no mercado de usados há ótimas opções. Uma delas alia a praticidade interna das minivans com um estilo próprio de carro de passeio, além de ser ótima de dirigir. Esta é a Peugeot 307 SW.


NÃO DUROU TANTO

Apesar de ter sido um dos destaques da Peugeot à época, a 307 SW só ficou no mercado por seis anos (2002 a 2008), vindo sempre importada da França. Ela teve somente uma reestilização no caminho, em 2006, quando ganhou novo para-choque e grade, seguindo as alterações da equivalente europeia. 

DUAS-CARAS

Apesar de ser uma perua, ela tem vários predicados das então arquirrivais minivans. Com 4,42 metros de comprimento, 1,75 metro de largura e 1,54 metro de altura, ela tinha medidas próximas às de um monovolume. E a modularidade interna não ficava atrás: o banco traseiro era tripartido e era possível remover os assentos e deixa-los em casa, ampliando a capacidade de carga de 520 litros para até 1.500 litros. 

SUPEREQUIPADA

As primeiras 307 SW vieram em versão única, trazendo uma farta lista de itens de série: dois airbags, ar-condicionado digital, CD player, computador de bordo, check control, quatro freios a disco com ABS e distribuição eletrônica de frenagem (EBD), sistema antiderrapagem ASR e rodas de alumínio 195/65 R15. Como opcionais havia airbags laterais dianteiro e traseiro, faróis de neblina, retrovisor interno eletrocrômico, sensor de aproximação traseira, disqueteira para CD, sensor de chuva no limpador de para-brisa dianteiro e faróis com acendimento automático. O teto panorâmico de vidro, hoje comum até no 208, estreou nela e tinha uma área de 1,33 m².


FLEX? NÃO, NÃO...

Na contramão do que se tornou normal justamente enquanto era vendida no Brasil, a 307 SW nunca teve uma versão flex. O motor sempre foi compartilhado com o irmão hatch, sendo um 2.0 16v de 138 cv (que virariam 143 na reestilização). Mas enquanto o restante da linha 307 ganhou motorização bicombustível, ela se manteve bebendo somente gasolina. E, em termos de câmbio, ela teve a opção de caixa auto-adaptativa de quatro marchas Tiptronic, que tinha trocas manuais a partir de 2003. 

FIQUE DE OLHO

Além das peças com preço de importadas (o que demanda uma boa garimpada no mercado paralelo para achar algo mais em conta), a 307 SW pode apresentar problemas e alguns detalhes que vale conferir:
- Como é um carro baixo, observe se o para-choque dianteiro tem marcas de raspões em valetas e lombadas na parte inferior. Uma peça nova pode sair por mais de R$ 600.
- O marcador de combustível pode oscilar com facilidade quando houver menos de meio tanque. Se isso ocorrer é sinal de que o refil da bomba de gasolina pode estar queimado. Não custa lembrar que um novo na autorizada custa em torno de R$ 150.
- A junta do cabeçote pode apresentar vazamento e queda constante do nível do líquido de arrefecimento, gerando superaquecimentos. Uma junta mais grossa deve sair na faixa dos R$ 100.
- O câmbio pode apresentar trancos e lentidão nas saídas. Para resolver, pode ser necessário uma reprogramação da central eletrônica que controla o câmbio ou substituir um sensor e duas eletroválvulas que controlam a pressão do óleo. O serviço completo na autorizada custa R$ 900.

PREÇOS

Uma 307 SW ano 2006, já com a frente nova e na versão Féline, sai por R$ 24 mil. Com as revisões em ordem é uma ótima compra, além de ser mais equipada e ter melhor desempenho que quase todas as peruas novas do mercado nacional.

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